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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Algumas imagens do meu dia...

Como sempre, o último dia de férias na terra do meu pai foi passado a fazer coisas que por preguiça falta de tempo foram deixadas para o fim. Portanto, de manhã foi apanhar amoras (enquanto a mãe fazia doce de tomate) e de tarde as pêras e fazer pêras em calda. As amoras já estão congeladas para fazer doce mais tarde em Lisboa e as pêras maiores e mais maduras estão no caixote da fruta, prontas a serem colocadas na mala do carro para se transformarem em doce. Adoro esta parte do verão!


As amoras ainda no balde



Os frascos de doce de tomate a criar vácuo


Pêras, aqui vamos nós!


As pêras mais mirradinhas (este ano houve pouca água e numa das pereiras as pêras eram autênticas "pêras baby"), a fazer companhia aos frascos, em lista de espera para serem transformadas em pêras em calda!


A nossa Safira, que observou à janela todo este trabalho, interrogando-se sobre o que raio estaríamos nós a fazer...

As malas estão prontas, as frutas, legumes, compotas e afins já estão na garagem, em lista de espera para a mala do carro. A Safirinha não pára quieta, deve estar com medo que a deixemos cá... As despedidas também já foram feitas, com beijinhos repenicados e abraços apertadinhos. Fico sempre tão triste quando me vou embora, daqui até à Páscoa parece uma eternidade, mas no fim acaba sempre por passar depressa!

E desse lado, como vivem o fim das férias? Também há compotas, conservas e despedidas?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sobremesa fresca de gelatina e iogurte


A maioria das pessoas emagrece para o verão. A maioria das pessoas passa o verão a comer coisinhas leves e tal para não estragar o efeito do bikini. Eu sou ao contrário das outras pessoas (também não uso bikini, isso tem a sua influência...): o verão é altura das tréguas. Em agosto não vou ao ginásio (mas apenas por impossibilidade geográfica, que ginásio para mim é lazer), em agosto como com satisfação sardinhas assadas, leitão assado, um gelado de vez em quando, como (e muitas vezes repito) a sobremesa ao almoço no dia de uma das muitas festas espalhadas pelo verão. Por isso, ia fazer uma sobremesa hiper-mega-calórica para levar ao almoço em casa de uns amigos (que por lá era dia de festa): Molotov. E não é que não tinha ovos? A maioria das vezes, quando me falta um ingrediente, substituo por outro e vou à aventura rezando para que tudo corra bem, mas Molotov sem ovos não dá. Tinha gelatina, uns iogurtes que se iam estragar (ainda do tempo em que os meus primos cá estavam) e uma receita com respectivo link à espera de ser experimentada e reinventada, do blogue As Minhas Receitas. E pronto, lá saiu uma sobremesa não muito light, mas ainda assim pobre em colesterol, mais a condizer com o verão!

Ingredientes:
2 pacotes gelatina de morango (pode ser o sabor que vocês quiserem!)
1l de água
6 iogurtes (eu usei o que cá tinha: 4 naturais, 1 de Aroma de Morango e um de Pedaços de Frutos Silvestres)
6 c. sopa açúcar
6 folhas de gelatina (para a próxima vou usar mais duas ou três, para ficar mais firme e menos cremoso)
baunilha em pó q.b.
óleo q.b.

Modo de fazer: Preparar a gelatina com a água conforme as instruções do pacote (nota: foi a primeira vez que fiz gelatina instantânea!). Despejar numa forma untada com um pouco de óleo e levar ao frigorífico até ficar firme (eu não tenho cá na terra formas com fundos bonitos, foi numa de bolo normal mas tive pena). Quando a gelatina estiver sólida (no meu caso, às 2h e tal da manhã quando vim do concerto dos Anjos eheh), misturar os iogurte com o açúcar e baunilha a gosto. Demolhar as folhas de gelatina num pouco de água, escorrê-las e derreter no microondas durante 10 segundo. Envolver na mistura dos iogurtes e verter sobre a gelatina. Levar ao frigorífico para solidificar e desenformar num prato bonito.  
Como sou pouco amiga de iogurtes, muito menos daqueles com aromas artificiais e açúcares esquisitos, não gostei assim tanto. Vai ser repetida, mas com iogurtes naturais! 


sábado, 25 de agosto de 2012

O Mãos de Manteiga está no facebook!!!

Toda a gente está, e o Mãos de Manteiga já não é excepção! Apesar de modesto, acho que merece este avanço "tecnológico-informático". A página ainda está em construção, mas nos próximos dias espero ter uma espécie de "índice ilustrado" de cada receita já postada no blogue (com acesso ao respectivo link) e divulgar os doces e salgadinhos que faço para vender.
Confesso que sou do pior que há para informática, não percebo mesmo nada e nem quero perceber, verdade seja dita, portanto foi um passo para a maturidade pesquisar no google para obter instruções quanto ao simples acto de criar uma página no facebook, tarefa que me ocupou algumas horas da tarde e que, só isso, merece todos os "likes" que eventualmente vai ter!

Com isto tudo (ainda para mais a horas tardias!) quero apenas convidar todos os meus seguidores (que já são 22!!!) e restantes visitantes a seguir a página do Mãos de Manteiga no facebook (até consegui criar um "botão" do lado direito do blogue para tornar esta tarefa facilitada! Estou uma mulherzinha!). Obrigada a todos pelo carinho dos comentários, pelas visualizações e por toda esta partilha culinária que justificou tal passo. 
Beijinhos*



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Caramel Shortcake



Mais uma receita que experimentei fazer na festa cá da terra do meu pai (e uma receita desta é mesmo só nas festas!), mais uma retirada do blogue A culpa é das bolachas. Tenho dois documentos word no computador com o nome seguido dos links das receitas que quero experimentar (um para receitas doces, outro para receitas salgadas) e esta era uma das que queria experimentar há algum tempo. Ficaram umas bolachinhas deliciosas, que foram apreciadas especialmente pelo meu primo David. É a combinação da bolacha crocante com o caramelo pegajoso e o sabor do chocolate... irresistível para qualquer pessoa!

Ingredientes:
Base:
120 gr de manteiga
180 gr de farinha
60 gr açúcar amarelo

Caramelo:
160 gr açúcar amarelo
1 lata de leite condensado

Topping:
400 gr chocolate de culinária
50 gr de margarina

Modo de fazer: Comece por preparar a base: derreter a manteiga e juntar o açúcar e a farinha, mexendo bem. Forrar o fundo de uma forma de fundo amovível e levar ao forno durante 30 min a 180ºC. Deixar arrefecer.
Entretanto, prepare o caramelo: Misturar tudo num tacho e levar ao fogão mexendo sempre até engrossar e ficar acastanhado (leva algum tempo, que parece mais num dia de trinta e tal graus como era o caso, mas a persistência é a chave do sucesso!). Verter para dentro da forma. 
Por último, preparar o topping: derreter os ingredientes, mexer bem e colocar sobre o caramelo já arrefecido. Levar ao frigorífico até endurecer. Tirar do frigorífico e deixar ficar à temperatura ambiente para ser fácil de cortar em pequenos quadrados. Com um cafezinho, a seguir ao almoço, nem vos digo nada!

P.S. O aspecto pelas minhas fotos, enfim, é aquilo que se impõe (eu tirei exactamente 10 fotos a esta sobremesa, de vários ângulos e com várias luzes, mas começo a achar que o mal é mesmo falta de jeito para a fotografia, e não apenas falta de paciência...). Aconselho a seguirem o link da receita e verem as fotos do blogue do Diogo, que são mesmo de comer com os olhos!


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Lentilhas com ovos escalfados


As lentilhas entraram tarde na minha vida, ou seja, apenas quando entrei na faculdade e são inúmeras as vezes em que as fazem guisadas, e que eu adoro. Como nem a minha mãe nem o meu pai gostam, nunca as fizeram cá em casa. No outro dia, ao folhear as receitas que tenho marcadas do livro Feito em Casa, da Joana Roque (a colher-de-pau, do blogue As Minhas Receitas), vi lá uma receita de ovos escalfados com lentilhas e apeteceu-me experimentar, fazendo as minhas modificações consoante o que tinha cá em casa. E foi assim que saíram umas deliciosas lentilhas com ovos escalfados, que tanto eu como a minha irmã adorámos (a minha mãe, que não gosta nem de lentilhas nem de ovos escalfados, comeu outra coisa). 

Ingredientes (2 pessoas)
200 gr de lentilhas
1 pedaço de chouriço corrente (do tamanho de um dedo indicador)
1 cebola média
1 pacote pequeno de polpa de tomate (daqueles do tamanho do leite achocolatado)
2 ovos
alho em pó q.b.
azeite 
sal

Modo de fazer: Demolhar as lentilhas em bastante água (eu demolhei de um dia para o outro, mas basta uma hora ou duas). Num tacho refogar a cebola e o chouriço cortado em pedacinhos pequenos com o azeite até a cebola ficar loirinha. Juntar a polpa de tomate e deixar refogar. Juntar as lentilhas e um pouco de água, tapar e deixar que as lentilhas cozam durante uns 30 minutos, tendo o cuidado de ir mexendo de vez em quando e ir juntando água, de modo a que as lentilhas tenham sempre um pouco de caldo (elas absorvem bastante a água). Temperar de sal e alho em pó. Quando as lentilhas estiverem cozinhadas, partir cuidadosamente os ovos um a um para a panela, tapar e deixar escalfá-los. Eu servi simplesmente assim, mas devem ficar igualmente deliciosas com arroz branco.
Bom apetite!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Hambúrgueres de okara com cenoura


Olá a todos! Como já sabem, estou de férias na terra do meu pai, que fica em Trás os Montes, mais propriamente ao pé de Mogadouro, e não muito longe de Miranda do Douro, também. Como lisboeta de gema que sou, e como pessoa que poderia passar o resto da vida sem nunca mais tocar em carne (exceptuando frango de vez em quando, bem como posta mirandesa), sempre me admirou como toda a gente aqui gosta tanto de carne. Como já andava um bocado farta de carne, decidi fazer tofu (pedi à minha irmã que me trouxesse os "instrumentos" de lisboa) e, com a okara, fiz os famosos hamburgueres de okara e cenoura que, estranhamente, ainda não tinha publicado no blogue! A minha irmã diz que é das suas comidas favoritas e, apesar de ser suspeita, também os acho deliciosos.

A receita é minha, inspirada de vários blogues de uns hambúrgueres de vegetais da cantina da minha faculdade, mas lembro-me que tirei a ideia da sopa de cebola e do vinho tinto do blogue Partilhando a Mesa
Quando faço tofu com 1 cháv. de grãos de soja, sobra-me cerca de 300gr ou 350gr de okara, a fibra que resta do leite de soja e que pode (e deve!) ser aproveitada (e é a principal razão porque faço tofu em casa). Para além de hamburgueres, tem imensas utilizações, podendo ser inclusivamente congelada se lhe quisermos dar uso mais tarde.


Ingredientes (para cerca de 16 hambúrgueres):
350 gr de okara escorrida (eu deixo-a um bom bocado num passador de rede) 
2 cenouras grandes raladas
1 pacote de sopa de cebola instantânea
1 copo de vinho tinto
1/2 copo de molho de soja (ou um pouco menos, se for muito forte)
Alho em pó, caril e cominhos a gosto
Farinha/pão ralado q.b.


Modo de fazer: Misturar todos os ingredientes e ir juntando a farinha até conseguir moldar uns hambúrgueres. Moldar com a mão e congelar ou grelhar imediatamente, num grelhador ou numa frigideira com um pouco de azeite. Demoram pouquíssimo tempo, mesmo estando congelados, portanto são óptimos para jantares ou almoços nos dias de mais pressa. Eu congelo num tabuleiro e depois embrulho em saquinhos para ocupar menos espaço. Podem servir acompanhados com o que se quiser ou então fazer almôndegas em vez de hambúrgueres. A minha irmã uma vez esfarelou-os e misturou com massa para uma bolonhesa. A imaginação é sempre o limite! Desta vez, foram servidos com salada de alface, tomate e pimento verde com um pouco de molho do falaffel
Espero que gostem!


Os hamburgueres, antes de irem para o congelador!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

De volta! - Bolo de Nutella e Maltesers

Olá a todos! Antes demais, peço desculpa pela longa ausência, mas se primeiro deixei de escrever porque estive duas semanas inesperadamente sem internet - sim, porque isto da "internet móvel em todo o lado" ainda é utopia em muitas aldeias do interior de Portugal - depois não consegui escrever mesmo por falta de tempo, uma vez que já estou de férias na terra do meu pai e até hoje de manhã os meus primos estiveram connosco a passar férias. Entres passeios, geocaching e festas, o tempo para estar ao computador (e a vontade!) já não era muito, ainda o que restava era dividido pelos miúdos que nunca se fartavam do youtube e dos Sims. Mas agora estou de volta e com várias receitas (já devo ter engordado uns quatro quilos desde que começaram as férias, entre petiscos, festas e férias de ginásio, mas pronto, o melhor é nem pensar muito nisso!).

No meu computador há sempre um ficheiro word para links de receitas de doces retiradas de blogues e outro de receitas salgadas. Este bolo ficou na lista desde que foi publicado no tentador blogue A Culpa é das Bolachas, que, se ainda não conhecem, é visita obrigatória para quem como é adora doces (se bem que não sou muito de bolachas). O Diogo diz que a culpa é das bolachas, mas a culpa no meu caso é mesmo dele, que para além das receitas tentadoras, as acompanha com fotos de fazer crescer água na boca! Apesar de delicioso e de bom aspecto, o meu bolo não conseguiu ser muito fotogénico... Cá vai a receita, então, com pequenas alterações, pois não tinha avelãs e as que encontrei à venda não estavam descascadas.



Ingredientes:
400 gr de creme de chocolate tipo Nutella (eu usei da marca Noikao, que apesar de não ser tão bom como a Nutella a sério é das marcas "a fingir" que sabe mais a avelãs)
100 gr de amêndoas picadas
200 gr de chocolatee
6 ovos
125 gr de margarina
1 colher se sopa de rum
1 pacote de maltesers
100 ml de natas

Modo de fazer: Derreter metade do chocolate no microondas. Separar as gemas das claras e bater as claras em castelo. Noutra taça, bater muito bem o creme de chocolate com a manteiga amolecida (como usei margarina em barra, amoleci no microondas). Juntar as gemas e continuar a bater. Juntar o rum, as avelãs e o chocolate derretido já frio, batendo entre cada adição. Envolver as claras em castelo e despejar numa forma de 22 cm untada com margarina e farinha. Levar a forno pré-aquecido a 180ºC durante 40 min (eu queria que ficasse com consistência tipo mousse) . Deixar arrefecer antes de desenformar. O bolo cresce mas depois abate.
Para a cobertura, derreter no microondas as natas com o restante chocolate e ir espalhando sobre o bolo já frio, empurrando o chocolate nas pontas de forma a ficar a escorrer (como medi as natas "a olho" a cobertura ficou um pouco líquida demais). Cobrir com os maltesers.

Toda a gente gostou (enquanto fazia o bolo o meu avô comentava que "um bolo sem açúcar nem farinha há-de de ficar jeitoso!"), especialmente os miúdos que assim que comprei o pacto de maltesers não se calavam quando é que fazia o bolo. Claro que eu, a apreciadora mais ferrenha de chocolate da família, comeu e repetiu. Para a próxima, vou eliminar as amêndoas/avelãs picadas, pois como o bolo fica com uma consistência tipo mousse não gostei da ligação com a dureza dos pedacinhos de amêndoa quando o bolo derretia na boca. Os maltesers fazem toda a diferença! Aconselho a colocar no frigorífico para se conseguir partir os maltesers conforme as fatias.