terça-feira, 24 de setembro de 2013

Coisas boas das férias

As férias já lá vão, é assim a vida! Mas antes que as férias pareçam longe demais (com a acumulação de trabalho galopante que ao fim desta semana já se deve começar a fazer sentir), queria partilhar convosco algumas das coisas deliciosas que provei durante o mês de Julho, Agosto e princípio de Setembro. Coisas deliciosas que de tanto prazer que me deram a mim não resisto a partilhá-las com vocês:

Pasteis de Belém


No aniversário da minha amiga Joana, fomos fazer um piquenique em Belém (lembram-se dos croquetes de okara e das bolinhas de feijão e aveia?) e terminámos o dia em beleza na Fábrica dos Pastéis de Belém. Nunca tinha entrado lá dentro (a sério...) e só tinha comido uma vez dos pastéis, em 2004, quando vieram os meus primos da França visitar-nos. Quando ia a Belém de vez em quando ia abastecer-me num café lá ao lado (a rosa do não sei quê... ou a estrela do não sei quantos), que também vende pasteis e que eu defendia com unhas e dentes, "mas que parvoíce, uma bicha enorme por uns pastéis de nata..." São muito bons, quase iguais e muito mais baratos, mas na fábrica vêm quentinhos e... admito, são diferentes! E melhores. São mesmo bons, pronto, admito!

Cornucópias da Periquita


Toda a gente vai à Periquita (Sintra) atrás dos travesseiros. Posso garantir-vos que me lembro de ter comido uma vez (UMA VEZ) travesseiros na Periquita. Ok, são travesseiros. Ok, são bons. Mas tudo parece baço (inclusivamente os travesseiros!) ao pé das cornucópias da Periquita! As cornucópias são uma fantástica espiral de massa folha, recheada com creme de manteiga com um sabor leve a caramelo e café e cobertas por um caramelo estaladiço que faz "crac" quando trincamos. É o paraíso na boca. Raramente compro bolos em cafés (tenho de ter cuidado com a linha e tal!), mas num fim de semana chuvoso de Julho (lembram-se? Em Julho choveu que se fartou!) em que visitámos o Palácio da Vila e nos apetecia um café para arrebitar, lá estavam elas a piscar-me o olho. Estiveram muito tempo esgotadas (anos!) - segundo o que me disse um dos trabalhadores, o homem que as fazia esteve doente - mas voltaram. Para nossa alegria!

Castella com gelado e natas


O Nuno (o meu amigo do Karê!) falou-nos de um salão de chá japonês, com chás deliciosos e fatias de pão-de-ló do outro mundo. Hei-de falar um dia destes mais pormenorizadamente do salão de chá "Castella do Paulo", mas por enquanto deixo-vos com a informação que castella é o nome dado ao pão-de-ló japonês, sendo que o sr. Paulo Duarte foi o único estrangeiro que aprendeu a confecção das castellas em Nagasaki. Escolhi uma fatia de castella de chá-verde e uma bola de gelado  de chocolate com feijão azuki. A castella é um bolo que à primeira vista parece denso, mas que se desfaz na boca, e deixa um sabor suave a mel. O sabor do chá verde não o senti, mas não foi por isso que as castellas não deixaram de conquistar um lugar cativo no meu guloso coração. O gelado também estava muito bom, mas eu sou suspeita, adoro feijão azuki!

Porco no espeto com arroz de feijão


Na festa da terra do meu avô, ao pé de Almeida, é tradição servir-se porco no espeto a toda a gente da aldeia. É das minhas comidas preferidas (vai ser a ementa do meu casamento - juntamente com sardinhas assadas - se algum dia me casar!), porque ganha aquele sabor das ervas com que o pincelam, fica com a pele estaladiça... só de pensar nele já estou a salivar!

Cevada com amendoins no café do Benjamin


Só me sinto verdadeiramente de férias em Bemposta (terra do meu pai) a partir do momento em que peço a primeira cevada (em Lisboa em que cafés se pode pedir uma cevada?!) com um pratinho de amendoins (grátis!) no café do Benjamin. Combinação estranha? Só para quem nunca experimentou!

Pastel de nata


Oferecido pela irmã da minha amiga Susete, num dia em que fomos todas à praia do Azibo . Já não comia um pastel de nata há anos (não quero mentir, mas acho que desde o dia 20 de Junho de 2011! Pasteis de Belém não contam...) e comi dois -.-' Depois é inevitável os kg ganhos nas férias...

Amoras silvestres


O verão não me sabe a verão se não for comer amoras das silvas à beira do caminho. Este ano deixavam um pouco a desejar, mas depois de descobertos os sítios onde eram mais saborosas, foi um ver se te avias.

Chá de menta e chocolate


A terra do meu pai fica a 50km de Zamora, e vamos sempre lá todos os naos comprar livros de bolso (muito mais baratos!), orchata e outras coisas que se vêm pouco por cá, ou não se vêm de todo. Desta vez, trouxe um pacote de chá de menta e chocolate, que sabe mesmo a after-eight. Delicioso para o pequeno almoço!

Melancia Branca


Sabe a melancia normal (ou seja, é deliciosa!), mas só encontro nas hortas da terra do meu pai. Quando digo que em Lisboa ninguém conhece ou comeu melancias brancas, fartam-se de gozar comigo... E desse lado, alguém já conhecia ou enquadram-se nos lisboetas que conheço?

Mochis  de amendoim




Numa das minhas divagações pelo supermercado Chen, no Martim Moniz, vi lá estas coisinhas intrigantes e decidi trazer para experimentar. Nos meandros da minha memória estava este post (do já há muito tempo sem actualizações, infelizmente, "Partilhando a Mesa") e fui ver à wikipédia, onde diz que os mochis são umas bolinhas de arroz glutinoso moído recheados com alguma coisa docinha e deliciosa. Trouxe de manteiga de amendoim, e para a próxima vão cair no meu cesto os de feijão azuki. A massa tem uma consistência pegajosa que não consigo comparar com nada ocidental, que fica colada aos dentes e torna impossivel comer só um. Tenho de experimentar fazer em casa.

Cachorros do Jet 7 Bar


Fui passar uns dias à terra do meu amigo Hélder (que é de uma aldeia de ao pé da Sertã). Basicamente, posso resumir esses dias em duas palavras: passear e comer! Confesso que nunca fui grande amiga de cachorros (excepção aos cachorros do "Napoleão", café frente ao meu básico onde podíamos levar "cachorros portáteis" e fazer piqueniques à beira da ribeira, na companhia de amigos, gatunos, ratazanas e patinhos). Mas, ao contrário dos cachorros dessa altura, os cachorros do "Jet 7 Bar" são muito mais que salsicha, batatas e ketchup, a começar pelo tamanho: uma baguete que parece duas, salsicha, queijo, fiambre, batata palha, ketchup, maionese e mostarda, tudo muito bem acondicionado sobre um guardanapo de papel para não fugir nenhuma grama de colesterol ou alguma caloria decidir emigrar. Tudo a pensar no entupimento das vossas artérias! Mas valeu a pena, soube-me pela vida. Único contra: salsicha fria (apesar do pão vir quente), mas não foi por isso que me soube pior.

Bucho


Então é assim: nas "minhas" terras (ou seja, na terra do meu avô e na do meu pai) também há bucho, que é basicamente o estômago do porco cheia de carnes manhosas e gordurentas e orelha, tudo coberto generosamente com colorau. E eu como, não é das coisas que mais gosto mas vou comendo (quando era pequenina adorava, qualquer coisa que levasse orelha tornava-se das minhas comidas preferidas...). Assim, nada me preparava para o bucho da Sertã, que nada tem a ver com os buchos que eu estou habituada a comer! Estes são muito mais compostos, com carne "a sério" bem desfiadinha e arroz. Foi para o meu top5 de comidas preferidas, a descoberta gastronómica do verão!

Figos


Mais uma das preciosidades da terra do Hélder (eu bem vos disse que foi só comer e passear!). Está no meu top 3 de frutas favoritas (ali ela por ela com as cerejas e a melancia!)

Sheesha de Cereja


Há uma linha muito ténue que separa beber chá de fumar sheesha, daí incluí-la aqui. Nunca tinha experimentado fumar sheesha, mas já tinha vontade há muito tempo (desde pequena, nem sei quando...). Não desiludiu!

E com este post, é definitivo: as férias já acabaram e é tempo de voltar à normalidade, não só nas rotinas do dia-a-dia, mas também nos hábitos alimentares. Mas já deixam saudades...

4 comentários:

  1. Quando vou à Periquita como sempre travesseiros, mas essas tuas cornucópias deixaram-me com vontade de dar já lá um salto! :)

    Beijinhos :D

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    1. aaahhh tens de experimentar! Assim que provares, podes esquecer os travesseiros :)

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  2. Eh lá...:D

    Tanta fotografia com delícias! :D*

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  3. Quero só salientar que desde esta publicação sempre que vou à Piriquita pergunto pelas cornucópias e NUNCA há. Já lá fui umas dez vezes e NUNCA NUNCA NUNCA há. A última foi ontem, ainda achei que como fazia anos ia ter sorte, mas nops. Que vida triste.

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Obrigada pela visita!