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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Queques/Muffins Vegans de Kiwi, Limão e Courgette para os dias bons


Mudou muita coisa na minha vida ultimamente, e são muitos os desafios.

Quando desejamos muito uma coisa (ou várias!), quando elas de facto acontecem...

... quando elas acontecem dá medo! E o medo, como sabem, é o namoradinho da insegurança. Andam sempre de mãos dadas, os desgraçados. Não se largam um segundo.


E tenho tido medo, muito medo. São muitas as minhas inseguranças, validadas pela consciência (crescente!) do quanto ainda não sei, do quão grande é  minha ignorância, do tanto que me falta aprender. Nunca fui muito boa a lidar com as minhas limitações, e agora elas estão por todo o lado, a atacar cada vez que surge um novo desafio. Às vezes o medo quase que me sufoca, e surgem as dúvidas: "Será que é este o caminho certo?", "Será que vou conseguir?", e, o mais frequente: "Estarei à altura?" 

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E há dias em que estes pequenos demónios barulhentos não me largam, e parece que tudo corre mal, que nada faz sentido. Em que saio de casa de manhã para regressar à noite, em que chove o tempo todo, o carro avaria, em que sinto que andei a correr o dia inteiro mas que não fiz nada, em que sinto que tudo é inútil e que melhor seria dedicar-me à agricultura ou emigrar para Marte.


Nesses dias, quando chego a casa, só me apetece deitar na cama e entrar em coma durante uma semana. Ou, como isso não é muito aconselhável, depois de ignorar artigos para ler e pôr a descongelar o almoço do dia seguinte (que nem para cozinhar há imaginação...) enrosco-me no sofá com uma grande chávena de chá a ver a Música no Coração, enrolada numa mantinha (não se riam, para mim o filme da Música no Coração é terapêutico, ok? Está ali ela por ela com os filmes da Disney...).

O que seria de mim às vezes sem a Fräulein Maria...

Mas depois vêm os dias bons. Em que faz sol e que por isso até sabe bem andar a pé (que o carro continua na oficina...), em que as pessoas sorriem ao passar, que tudo parece fluir com naturalidade, em que consigo aceitar melhor o que acho de negativo em mim, em que o presente e o futuro voltam a fazer algum sentido, em que não andei a correr mas mesmo assim fiz imensa coisa e parece que não fiz nada, que tudo apareceu feito, dias em que consigo improvisar o almoço do dia seguinte com os restos do frigorífico e ainda me sobra tempo para fazer queques. 


E enquanto ralava a courgette, espremia o limão e misturava os ingredientes para estes queques, a janela estava aberta e entrava na cozinha o barulho dos carros  e fragmentos de conversas de pessoas que passavam na rua. O barulho da televisão baixinho, as teclas do computador da minha amiga na sala. E, enquanto lavava a loiça, o cheirinho dos queques foi invadindo a cozinha e eu sorria sozinha.

Há dias bons, e outros maus. 
No fim, lembro-me sempre só dos bons.


Ingredientes:
  • 1 courgette média
  • 1 c. sopa de linhaça amarela moída
  • 4 c. sopa de água
  • 200 gr de farinha
  • 150 gr de açúcar
  • 1 c. chá de fermento
  • raspa e sumo de 1 limão médio
  • 1 kiwi


Modo de fazer:
1 - Misturar a linhaça com a água num copo e esperar 10 min, até ficar uma pasta com aspeto gelatinoso.
2 - Ralar a courgette no ralador largo (não tirem a casca!). Juntar o sumo e a raspa do limão e metade do quivi partido em pedacinhos pequenos. Reservar. 
3 - Misturar a farinha, o açúcar e o fermento. Juntar a mistura de courgette e a pasta de linhaça e mexer tudo muito bem com uma colher de pau.
4 - Dispor a massa em forminhas de silicone para queques, enfeitar com um pedaço de kiwi (da metade que reservaram) e levar ao forno a 180ºC durante 30 min. 
São perfeitos para os lanches!



Rende 12 queques/muffins
Cerca de 126 kcal/unidade


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Lasanha de atum e milho - para a inauguração do palácio das princesas!


A minha família é grande, por isso há sempre muitos aniversários: de casamento, de nascimento (com a minha bisavó a fazer anos duas vezes, cortesia dos antigos registos civis...), de namoro, de divórcio, eu sei lá... E depois há o Natal, a Páscoa, o dia da Mãe, o dia do Pai, o Carnaval... muitos dias para serem celebrados. Por isso um dos meus cenários de conforto (sabem? Aquelas visualizações para fugir ao stress...) é a sala de jantar da minha avó, cheia de familiares barulhentos, comida na mesa, guaraná nos copos, bombons no armário para comer com o café, mãos entrelaçadas nas da minha bisavó ("Filha, tens sempre as mãos tão frias!") e cabeça encostada no seu ombro, enquanto se houve discutir por meia hora o melhor caminho para chegar à terra ou se contam histórias engraçadas antigas (onde eu detenho grande parte do protagonismo, para minha infelicidade!) e eu fico dividida entre continuar a ouvir e a antecipar a sesta no sofá. 

Food tastes better when you eat it with your family. #food #quote

A minha mãe também gosta da casa cheia de gente. A casa da terra tem imensas camas e sítios que facilmente podem ser transformados em "sítios para dormir" (contei agora: são precisamente 11 camas que perfazem entre elas 13 lugares, fora um sofá cama - mais 2 lugares! - e um berço que está desmontado no sotão, mas que facilmente se monta numa eventualidade. E chão, claro. Muito chão para sacos-cama e gente com boa vontade...). Em casa dos meus pais há sempre lugar para mais um: no coração, à mesa e para dormir. Todos são bem vindos. A casa dos meus pais é elástica.

Influenciada por isto, também desde cedo que decidi que a minha casa havia de ser assim: de portas abertas para quem gosto, com muito espaço para dormir. Com almoços temáticos, festas de anos barulhentas, jantares calmos à luz das velas, jantares buffet seguidos de karaoke, jogos de cartas sem esperar que se levante as chávenas do café. Com pessoas às vezes a dormir nas camas, nos sofás e espalhadas pela casa. 


Por isso, tinhamos de fazer um jantar de inauguração da nossa casa palácio. A nossa ideia era a mesa cheia de amigos da faculdade, gente espalhada pelas camas, sofá e chão, muita comida boa e muita parvoíce à mistura. Por casualidades da vida, vieram apenas dois amigos - mas apesar de poucos, houve isso tudo (principalmente muita parvoíce!). Pelo meio, uma fantástica lasanha de atum. E para sobremesa, bounty de colher.

As fotos e o aspeto não é do mais glamouroso que pode haver, mas acreditem que estava bom!

Daqui a umas semanas, farei um almoço de família.

Daqui a mais outras semanas, será um jantar de Natal.

Daqui a outras semanas, mais amigos virão conhecer a casa.

Porque esta casa já é muito minha, e já está cheia de boas recordações. 

Ingredientes
Molho de legumes:
2 c. sopa de azeite
1 cebola grande
1 cenoura grande
1 pimento verde
4 dentes de alho
2 folhas de louro.
1 copo (dos de vinho) de polpa de tomate
1/2 copo de vinho branco
orégãos q.b
Água q.b.

Atum:
1 c. sopa azeite
1 dente de alho
3 latas de atum em água
1 lata grande de milho
2 c. sopa do molho de legumes

Restante lasanha:
12 placas de lasanha
2 pacotes de natas light
1 pacote de molho bechamel
sal e noz moscasda
1 pacote de queijo mozzarela ralado

Modo de fazer:
1 - Começar com o molho de legumes:
2 - Cortar a cebola em meias luas e a cenoura em cubos e refogar no azeite juntamente com as folhas de louro. 

3 - Juntar a polpa de tomate e os dentes de alho e deixar refogar mais um pouco. 

4 - Juntar o vinho branco, os pimentos e um pouco de água. Quando tudo estiver cozinhado, apagar o lume e triturar tudo muito bem com uma varinha mágica (não esquecer de tirar as folhas de louro primeiro!). Juntar mais água - a ideia é ficar da consistência de... bem, de um molho de tomate! Não muito ralo, mas também não muito espesso. Temperar com os orégãos. 



De seguida, fazer o atum:
1 - Aquecer o azeite e juntar o dente de alho picado. Juntar o milho e o atum previamente escorrido e desfeito com um garfo. Juntar um pouco do molho de legumes, deixar reduzir e reservar.


Montar a lasanha
1 - Numa tigela, misturar o bechamel com as natas. Temperar com sal e noz moscada a gosto. 
2 - Num tabuleiro, dispor um pouco deste molho, depois as placas de lasanha, metade do molho de legumes, metade do atum e metade do molho bechamel. Repetir novamente as placas de lasanha, o molho de legumes, o atum e as placas de lasanha. Terminar com o restante molho bechamel e o queijo ralado.

3 - Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 40 min.


Bom apetite!

Para 4 ou 6 doses
Cerca de 694/463 kcal/dose

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Frango Assado com Batata Doce


A comida feita no forno não vos dá a sensação que é domingo?

A mim dá. Pensava que era a única, mas quando decidi fazer perninhas de frango assadas no forno, na 6ª feira passada (dia em que não temos estágio), a primeira coisa que a Ana disse quando viu o que era o almoço (para quem ainda não reparou, a Ana é a minha amiga que mora comigo) foi isso mesmo: que parecia domingo. Embaladas nesta ideia, ainda fomos buscar um restinho de vinho para acompanhar. E demos uso aos pires das chávenas do café (é só em nossa casa ou nas vossas os pires também raramente saem do armário???). E demorámo-nos mais um bocadinho à mesa só porque sim.


Porque era domingo, apesar de ser 6º Feira. E porque eu raramente passo os fins-de-semana no Barreiro com ela, decidimos instaurar o nosso domingo à 6ª! Domingo vai ser o dia das refeições "especiais", das chávenas servidas em pires, do almoço demorado por muita conversa de chacha. 

De todas as ideias que já tivemos cá, esta deve ter sido uma das melhores. Haverá coisa melhor que começar o fim-de-semana logo com um domingo? :P

Ingredientes: 
  • 4 perninhas de frango
  • 2 batatas doces grandes
  • 1 cebola grande
  • sumo de 1 limão
  • 6 dentes de alho
  • 5 c. sopa de massa de pimentão
  • 2 c. sopa de polpa de tomate
  • 1 copo de vinho branco
  • 1 c. sopa de azeite
  • 4 folhas de louro
Modo de fazer:
1 - De preferência na noite anterior (ou no minimo 1h antes) marinar as perninas de frango no sumo de limão ao qual se juntou 2 dentes de alho picados e 2 c. sopa de massa de pimentão. Esfregar bem as perninhas de frango com esta marinada e levar tudo ao frigorífico dentro de um tupperware.
2 - Pré-aquecer o  forno a 180ºC. 
3 - Cobrir o fundo de um tabuleiro ou pirex para ir ao forno com o azeite. Descascar as batatas e cortá-las em cubos. Fazer o mesmo às cebolas. Dispor pelo tabuleiro, juntamente com os restantes dentes de alho às fatias. Cobrir com a polpa de tomate e a restante massa de pimentão (eu limitei-me a pôr colheradas por cima, à bruta). Regar tudo com o vinho branco e cobrir com as folhas de louro. 
4 - No forno, dispor a grelha do forno por cima do tabuleiro das batatas (assim a gordura do frango vai escorrendo para as batatas!). Assar durante 40 min, virando as pernas de frango a meio.

Assim ;)

Bom apetite!



Rende cerca de 3/4 doses
Cerca de 340/225 kcal por dose

terça-feira, 21 de outubro de 2014

O melhor pastel de Nata deste mundo (e do outro também, possivelmente!)




Este sábado fui, como o ano passado, ao evento do TEDxLisboaED. Para uma viciada em TED talks como eu, nem é preciso dizer que foi fantástico :)

Antes de começar, fomos beber café. Escolhemos o café Silvia, na Avenida de Roma, apenas porque foi o primeiro que apareceu. Entrei lá com a ideia de beber só um café, mas a minha irmã e o meu cunhado pediram um pastel de nata e uma pessoa também não é de pau! É que os ditos tinham mesmo um aspeto delicioso...

E ainda bem que o fiz, que são sem dúvida os pasteis de nata mais deliciosos de todo o planeta! Grandes, cremosos, tostadinhos q.b.... Pedimos para os aquecerem um bocadinho, e com canela por cima podem imagina ^^ Eu que me sinto sempre culpada depois de comer um bolo, desta vez não senti nadinha :P 
Eu quando é para reclamar não me inibo nada, mas também quando é para elogiar também sou a primeira! Por isso elogiei lá e agora venho para aqui fazer publicidade :P 

Tentei fixar o maior numero de referencias possiveis para depois vos explicar aqui no blogue, mas três dias depois só sei que fica ao lado de uma loja de gelados artesanais e de duas de roupa para crianças (uma delas é a Du Pareil au Même), na Avenida de Roma. Vindo do Júlio de Matos, depois de passar a estação de Roma-Areeiro, vão olhando para a vossa esquerda (desculpem, é o melhor que consigo!)

A sério, vão lá!



Pastelaria Silvia Menu, Reviews, Photos, Location and Info - Zomato

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Quiche de alho francês, milho e cogumelos


As minhas quiches, como sabem, são sempre iguais. Ou parecidas, vá. Legumes, coisas, tudo misturado, massa folhada ou quebrada, leite, ovos, noz moscada - natas nunca, queijo nunca, bacon nem pensar. 

A célebre Quiche Lorraine não é bem vinda na minha casa, fim.

E foi neste comprimento de onda que surgiu esta quiche, que de tão simples pensei se deveria publicar "a receita" ou não. 


Mas ficou boa, e comeu-se, e isso por si só é mais que suficiente para figurar aqui no blogue!

Ingredientes:
  • 1 embalagem de massa folhada
  • 1 alho francês médio
  • 1 lata de milho pequena
  • 1 lata de cogumelos pequena
  • 500 ml de leite magro
  • sal, pimenta e noz moscada
  • 3 ovos

Modo de fazer:
1 - Estender a massa folhada numa tarteira e picar o fundo com um garfo. Eu nunca tiro o papel vegetal, acho mais fácil tanto para estender a massa como depois para desenformar a quiche.
2 - Cortar o alho frances em fatias e juntar-lhe o milho e os cogumelos (eu uso uma tigela grande).
3 - Juntar o leite e os ovos batidos.
4 - Temperar a gosto com sal, pimenta e noz moscada.
5 - Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 30/40 min.
6 - Servir com salada de alface!



Rende 8 fatias grandes
Aprox. 198 kcal/fatia

domingo, 12 de outubro de 2014

Caldeirada de Peixe



Apesar do blogue, de adorar cozinhar e de todas estas coisas, a verdade é que não estava habituada a a cozinhar comida "a sério" tanto quanto isso. Quando era preciso fazer o almoço fazia, quando me apetecia experimentar alguma receita específica (normalmente vegetariana e "esquisita") requisitava a cozinha para mim.

Mas refeições de almoço de todos os dias, isso não. Eu era mais bolos, mais sobremesas, mais coisinhas pequeninas e que mais ninguém fazia ou queria fazer cá em casa. O domínio do almoço era do meu pai.


O meu pai tem muitos defeitos, e nem sempre me dou bem com ele (se for para ser sincera, quase nunca, na verdade...). Mas o meu pai também tem muitas qualidades, e uma delas é fazer uma ótima caldeirada. 

E por isso, a caldeirada era (e é) umas das refeições preferidas lá de casa. Que sempre vi fazer e cuja receita sei de cor como se já a tivesse feito mil vezes. Mas nunca a tinha feito na verdade. Foi preciso sair de casa dos meus pais para fazer pela primeira vez.


E eu sei que é uma receita muito fácil, muito banal, e que quase toda a gente sabe fazer. Mas foi a primeira vez que fiz caldeirada e, modéstia à parte, saiu mesmo bem.

A caldeirada do meu pai já não é a minha caldeirada preferida. E ele ficou feliz quando eu lhe disse :)

Ingredientes:
  • Uma embalagem de caldeira de peixe
  • 2 batatas grandes
  • 1 pimento vermelho grande
  • 2 cebolas grandes
  • 5 dentes de alho
  • 3 folhas de louro
  • 3 c. sopa de azeite
  • 2 c. sopa de massa de pimentão
  • 4 c. sopa de polpa de tomate
  • 1 copo de vinho branco
  • sal
Modo de fazer: 
1 - Descascar as cebolas, os alhos e as batatas.
2 - Cortar a cebola e as batatas às rodelas e o pimento em pequenas tiras.


3 - Num tacho grande, deitar o azeite. Dispor metade da cebola no fundo. Em cima das cebolas, dispor metade das batatas, seguido de metade dos pimentos, das folhas de louro e dos dentes de alho. 

4 - Dispor o peixe e por cima dispor a restante cebola, as restantes batatas e o restante pimento. 

5 - Temperar com sal, cobrir com a massa de pimentão e a polpa de tomate e regar com o vinho branco.


6 - Tapar e levar a cozinhar com o lume no mínimo durante 30/40 min, até ficar tudo cozinhado e a caldeirada bem apurada, 

Fica muito bem acompanhada com fatias de pão!

A marmita das princesas!


Rende 4 doses
Aprox. 491 kcal/dose

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Tarte Merengada de Curd de Limão


Gosto de pensar que uma das minhas qualidades é saber simplificar. Desenrascar, sabem?

Para mim o "desenrascanço" e a descontração são fundamentais na vida: esqueci-me da colher? Improviso uma com a tampa do iogurte. Não me lembro de uma palavra em francês ou inglês? Adapto ou invento uma qualquer (o já deu origem a situações muito constrangedoras envolvendo o verbo "baiser"). Não tenho algum ingrediente para uma receita que estou a fazer? Experimento com outro diferente e logo se vê. E a fita-cola é muitas vezes a minha melhor amiga.


Às vezes pode ser chamado também de "sentido prático", outras vezes "preguiça", mas eu gosto de dizer que vivo em modo de "poupança de energia". Não vale a pena gastar energias demais quando as coisas não correm pelo planeado, principalmente se as conseguimos resolver de uma forma perfeitamente aceitável, ainda que não perfeita. 

Mas a minha irmã ganha-me. Aos pontos. A minha irmã é o ser mais desenrascado deste mundo. Não é à toa que foi para enfermagem - ela nasceu para aquilo, claramente. 


Por isso, quando vivíamos juntas era sempre ela que fazia o almoço mais rápido. E quando as coisas corriam mal ela sabia sempre dar a volta por cima e desenrascar com outra coisa qualquer. 

Juntaram-se duas desenrascadas a fazer uma sobremesa. Inventada pela Alexandra, só podia ser muito fácil e rápida - mas mesmo assim claro que tinha de correr mal. Claro que o curd tinha de talhar e claro que tinha de ficar pouco consistente.

Mas quem é desenrascado nunca se atrapalha, e tudo nesta vida se pode resolver com farinha maizena  e paciência (E fita cola. E miminhos).

Ingredientes:
1 placa de massa folhada
2 c. de sopa de farinha maizena
4 c. sopa de leite magro
3 claras
2 c. sopa de açúcar

Modo de fazer:
Forrar uma tarteira com a massa folhada e levar a cozer 20 min a 180ºC (não se esqueçam de colocar feijões ou pedrinhas próprias no fundo da tarte para a massa não criar bolhas).
Entretanto, fazer o curd de limão. No nosso caso, como ficou pouco consistente e talhou, dissolvemos um pouco de farinha maizena num pouco de leite, juntámos ao curd e levámos ao lume até engrossar. Mesmo que a vossa não talhe, acho que vale a pena pois fica mais consistente.


Deitar sobre a massa já cozida.


Bater as claras em suspiro com o açúcar. Deitar sobre a tarte, fazendo uns efeitos com o garfo (em alternativa podem usar o saco de pasteleiro mas, lá está, eu gosto de desenrascar!)

Ficou um ótimo suspiro, o melhor que alguma fiz! Super brilhante e elástico, não sei como aconteceu mas fiquei muito contente :P


Levar novamente ao forno a 200ºC até o merengue ficar douradinho (uns 5-10 min) 
Servir à temperatura ambiente!


Bons desenrascanços culinários a todos ;)

Rende cerca de 12 fatias
Aprox. 353 kcal/fatia

domingo, 5 de outubro de 2014

Salada de Couve à Israelita


Quando "casei" os anos (ou seja, quando no dia 20 de Junho fiz 20 anos), há já 2 anos muito distantes, decidi dar uma festa israelita. Para a festa fiz imensas receitas tipicamente judaicas e israelitas, como podem ver no Índice de Receitas aqui do blogue. Uma das receitas que experimentei foi uma salada de couve, que fez sensação principalmente com a minha amiga Cristiana. Por ser uma salada muito banal, nem me lembrei de lhe tirar foto nenhuma e a receita acabou por nunca vir parar aqui ao blogue, e acho que nunca mais a repeti desde então. 


Ontem a minha irmã deu um jantar em casa dela com a minha "família" da igreja. Sim, família, porque há aqueles amigos que por o serem há tanto tempo (e por tão bem desempenharem o seu papel) ascendem à condição de família e passamos a não conseguir viver sem eles. E quando nos pedem salada de couve, claro que tenho de atender ao pedido. Mesmo que isso signifique correr três minimercados diferentes à procura de passas.

Família é família :)

A mesa dos acepipes, ainda incompleta (sim, houve muitaaaa comida!)


Ingredientes
  • 2 repolhos pequenos
  • 65 gr de passas
  • 65 gr de amendoins descascados
  • 2 c. sopa de azeite
  • 5 c. sopa de açúcar amarelo
  • 1 pta de sal.


Modo de fazer:
1 - Cortar os repolhos em juliana. Aquecer o azeite num tacho e levar a fritar a couve durante uns 5 minutos (vai reduzir e ficar molinha). 


2 - Entretanto, picar os amendoins. Reservar.

Piquei grosseiramente

3 - Juntar os amendoins à couve, Juntar o açúcar amarelo e o sal e mexer. Quando o açúcar estiver dissolvido, juntar as passas e apagar o lume.

4 - Esperar que arrefeça e servir!


É muito boa para piqueniques e refeições leves, e eu gosto especialmente como acompanhamento às minhas bolinhas de feijão. Uma delícia!

Aqui no tupperware, pronta a seguir viagem!

(Infelizmente, já não sei de onde tirei a receita. Aliás, nem sei a receita, de todo, apenas me lembrava que levava couve, passas e açúcar amarelo - os amendois foi iniciativa própria. Alguém sabe se os amendoins fazem parte da culinária israelita? :P )



Rende cerca de 4 porções
Cerca de 300 kcal/porção