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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Brownies de chocolate e castanhas com cobertura de chocolate a amendoim

Olá a todos! Desculpem a minha longa ausência (nem aos vossos cantinhos tenho ido!) mas tenho andado com tanta coisa para fazer que parece que já nem tenho vida para além da faculdade. Ironicamente, esta semana falámos sobre os benefícios de escrever em blogues numa aula (claro que eu falei do Mãos de Manteiga!) e um post no blogue de um amigo fez-me um bocado abrir os olhos sobre ao facto de, também eu, me estar a tornar num robô programado a ter boas notas e a entrar na rotina do acordar - estudar - ir às aulas - fazer trabalhos - voltar a casa -estudar - ver tv ao mesmo tempo que se dormita - dormir finalmente. Neste espaço de tempo que são três meses, nasceu e morreu imensa gente, os miúdos da nossa família cresceram mais um bocadinho, os nossos amigos passaram e ultrapassaram dificuldades e nós nem reparámos, o nosso blogue ganhou pó e nós continuámos no nosso pequeno mundo desinteressante e automático. Por isso, hoje já estudei, mas vou ainda ao circo e depois vou ver a minha prima, que mora em frente mas que já não vejo há mais de um mês. 
Mas antes vou publicar a receita de uns brownies que fiz esta semana, para aproveitar umas castanhas assadas que sobraram. Foram inspirados nesta receita aqui, do blogue A Culpa é das Bolachas. A ideia de juntar as castanhas ao chocolate também foi "roubada" ao Diogo, que tinha toda a razão: chocolate e castanhas é uma combinação deliciosa.
Ficaram uma delícia e uma bomba calórica, só para quem adora do fundo do coração chocolate e que nunca se queixa que a sobremesa está "doce demais".
Ingredientes
200 gr de farinha
300 gr de açúcar
150 gr de manteiga
4 ovos
um punhado de castanhas assadas descascadas
50 gr de cacau em pó
200 gr de chocolate para culinária
Modo de fazer: Derreter o chocolate com a manteiga no microondas ou em banho maria. Entretanto, picar grosseiramente as castanhas. Bater os ovos com uma vara de arames. Juntar o açúcar ao chocolate derretido e mexer bem (usei uma colher de pau). Juntar os ovos batidos aos poucos mexendo sempre até se obter um creme. Juntar as castanhas, a farinha e o cacau e envolver bem. Forrar um tabuleiro (eu forrei dois pequenos) com papel manteiga, despejar a mistura e levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 25 min.
Entretanto, fazer a cobertura:
Ingredientes
200 gr de açúcar em pó
80 gr de manteiga de amendoim
um pouco de leite
Bombons q.b
Modo de fazer: bater a manteiga de amendoim com um pouco de açúcar usando a batedeira eléctrica. Juntar um pouco de leite e o resto do açúcar até ficar um creme (o meu ficou líquido demais).
Quando a massa dos brownies estiver cozinhada, deixar arrefecer, cortar em quadrados e cobrir com o creme. Enfeitar com um bombom (eu cortei uns bombons redondos do Aldi em dois e usei metade para cada brownie).

Bom apetite!

sábado, 17 de novembro de 2012

Bolo de azeite, mel e especiarias

Olá a todos! Esta chuva não dá tréguas a ninguém.. quem é que gosta do inverno, mesmo? Eu não sou concerteza!
Para vos deixar mais aconchegados, deixo-vos com um bolinho inspirado neste aqui que levei para a festa do Magusto na minha igreja. Azeite, mel e especiarias: tem tudo para correr bem!
Ingredientes 
4 ovos
300 gr de açúcar
2 c. sopa de mel (como o meu era caseiro e por isso muito duro, aqueci uns segundos no microondas)
1 dl azeite
2,5 dl leite
250 gr de farinha de trigo
1 c. sobremesa de fermento em pó
1 c. chá erva doce
2 c. chá canela
1/2 c. chá de cravinho em pó
1/2 c. cha noz moscada
1/2 c. chá gengibre em pó
1 cálice de Appenzeller ou outra bebida alcoólica a gosto
1 chávena de nozes e/ou amêndoas partidas em pedacinhos (eu misturei as duas)
(O Appenzeller é uma bebida da Suíça que um grande amigo que mora lá me trouxe há uns tempos e que quase que nos faz sentir os Alpes na boca, como diz uma amiga minha).
Modo de fazer:
Bater muito bem os ovos com o açúcar e o mel. Juntar o azeite e depois o leite em fio, batendo sempre. Acrescentar a farinha com o fermento peneirados, as especiarias, o Appenzeller e as nozes/amêndoas.
Misturar tudo com uma colher de pau, deitar a massa numa forma untada com margarina e polvilhada com farinha (eu não precisei porque as minhas formas eram de silicone) e polvilhar com algumas nozes/amêndoas picadas. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC, por 40 minutos.
Deu-me para 2 formas tipo bolo inglês.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Bolo de milho em lata e leite de coco e Cobertura de leite condensado


Já tinha ouvido falar de bolos feitos com milho em lata e decidi experimentar, com os ingredientes que cá tinha e adaptando como é costume, baseado na receita de Bombocado de milho com frapê de coco do blogue Receitas do Caldeirão da Bruxa Solar. Eu gostei muito e a minha tia também (sabe a farinha de milho - jura?! - e combinado com o coco adorei!) mas houve quem dissesse que parecia que tinha bocados de plástico (!) - devia ter processado um bocadinho mais no liquidificador (por causa das cascas do milho - presumo que quem tenha bimby resolva a situação muito facilmente). Bem, um bolo que parece ter bocados de plástico nunca pode ser um bolo de sucesso, mas a verdade é que desapareceu num instante! Querem a receita? Pode ser que o vosso saia com uma consistência melhor!

Ingredientes (bolo):
1 lata (média) de milho doce
1 garrafinha de leite de coco
2 ovos
1/2 cháv. chá de óleo
3/4 cháv. chá de açúcar
1 e 1/2 cháv. de farinha
1/2 cháv. chá farinha maizena
1 c. sopa não muito cheia de fermento em pó.

Modo de fazer: bater o milho, o leite de coco, os ovos e o óleo no liquidificador. Peneirar as farinhas e misturá-las com o fermento. Juntar a mistura e misturar tudo muito bem com uma colher de pau. Levar a ao forno pré-aquecido a 180º C. Deixar cozer até que, fazendo o teste do palito, ele saia seco. 

Cobri com uma cobertura de leite condensado que faz parte dos favoritos da minha irmã:

Cobertura de Leite Condensado:

Ingredientes:
1 lata de leite condensado
1 c. sopa bem cheia de margarina

Modo de fazer: levar tudo ao lume mexendo sempre com uma vara de arames até engrossar. Cobrir ou rechear o que se quiser!


domingo, 28 de outubro de 2012

Affogato de bolachas de cappuccino e cerejas


Um dos meus programas favoritos (que deu até cerca de à um mês no canal sic mulher) é o Jamie's 30 minutes meals, em que o Jamie Oliver ensinava receitas deliciosas e muito fáceis de fazer. Por causa de uma receita dele de affogato, a minha irmã lembrou-se de experimentarmos utilizando como ingredientes o que tínhamos cá por casa. Ficou uma sobremesa original, simples e deliciosa, que vai definitivamente para as favoritas! O que lhe deu mesmo o toque foram as cerejas em calda caseiras (da terra do meu pai) e as bolachas cappuccino thins da Anna's, que, se não conhecem, corram a comprar! São todas deliciosas, mas as de cappuccino e gengibre são as minhas favoritas.

O affogato é uma sobremesa italiana em que o café é despejado por cima de uma bola de gelado, ficando "afogada" nele, coitada!

Ingredientes (1 pessoa):
1 bola de gelado de nata
9 cerejas em calda sem caroços
1 café expresso (nós fizemos uma cafeteira de café porque éramos muitos)
4 bolachas "cappuccino thins" da Anna's
Chocolate ralado

Modo de fazer: Numa tacinha individual, partir as bolachas em pedaços groseiros. Juntar as cerejas (nós fizemos esta parte antes do almoço). No momento de servir, colocar uma bola de gelado por cima e cobrir com o café. Polvilhar com o chocolate ralado. Servir mais chocolate ralado para quem quiser pôr mais (nem é preciso dizer que eu quis, pois não?). Bom apetite! 



segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Massa com legumes e salmão - Aproveitamento de restos de peixe!


Este semestre, há 3 dias por semana em que tenho de almoçar às 11h15 para conseguir estar na faculdade às 13h. Nesses dias (apesar do meu pai me fazer o almoço quase sempre) o melhor é ser uma coisa rápida para a manhã ainda render alguma coisa (apesar de acordar cedo, o tempo parece que nunca chega!). 
Cá em casa, sempre que sobra peixe grelhado ou cozido, congelamos até termos uma quantidade satisfatória para aproveitar em arroz, massa ou no que quisermos. No outro dia fizemos salmão grelhado e sobejou uma meia posta, o que juntamente com uns legumes, massa e molho de soja se tornou uma refeição para mim e para a minha irmã e que se fez em 10 min. Mais rápido e económico é impossível!
Desculpem a qualidade das fotos (a massa parece cinzenta) mas a foto foi tirada a correr e nem me lembrei de acender a luz. 

Modo de fazer:
Esparguete (ou noodles, mas eu não tinha)
Legumes q.b. (eu usei uma mistura de legumes congelados e uma mão de feijão verde aos pedacinhos)
Restos de peixe (neste caso salmão)
Polpa de tomate.
Molho de soja, alho em pó, azeite.

Modo de fazer: Cozer a massa em água a ferver mas que fique ainda um bocadinho crua. Numa wok aquecer o azeite e juntar os legumes, o molho de soja e o alho em pó. Deixar refogar e juntar a polpa de tomate. Juntar o salmão desfiado. Escorrer a massa (reservar alguma água) e juntar à wok. Deixar cozinhar com uma tampa mexendo de vez em quando e indo juntando uma ou duas conchas da água de cozer o esparguete para não secar demasiado. 
Bom apetite!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Bolo Mármore



Este fim de semana fui ao IKEA e não resisti a comparar um saco de pasteleiro! Tinha já a minha querida seringa de pasteleiro, mas tinha pouca capacidade e não era tão prática quanto o saco de pasteleiro. Agora que o experimentei, acho que vou dar reforma à seringa. Só falta mesmo ganhar prática, e fazer figas para que o jeito com o saco de pasteleiro seja um pouco melhor do que o meu jeito para trabalhos manuais!
O meu primo queria bolo mármore e uma cobertura com chocolate, mas tive de me cingir aos ingredientes que tinha e decidi cobrir com um creme de colesterol manteiga. Depois de uma tentativa em que a manteiga talhou e foi tudo disparado para o lixo, saiu este terrível creme de manteiga, igualmente talhado mas mais trabalhável. Tenho de experimentar outra receita (já risquei duas da lista) e ir tentando até sair bem. Quando houver notícias na odisseia do creme de manteiga aviso. Para já, fiquem com este bolo mármore que, apesar do efeito mármore não ter sido dos mais felizes, vai para a lista de favoritos! É dos melhores bolos que já comi, docinho, húmido e, claro, facílimo de fazer. Receita daqui, e desta vez não modifiquei nada!


Ingredientes:
3 ovos
2 cháv. chá de açúcar
2 cháv. chá de farinha
1/2 cháv. chá chocolate em pó (nem pensar em usar achocolatados!)
1 cháv. chá de óleo
1 cháv. chá de leite
1 c. sopa de fermento em pó.


Modo de fazer: Bater os ovos com o óleo, o leite o açúcar. Quando estiver bem misturado, juntar a farinha peneirada e o fermento. Dividir a massa em duas partes e numa delas juntar o chocolate em pó. Deitar sobre uma forma untada com margarinha e polvilhada com farinha as duas massas de forma alternada. Levar ao forno a 180ºC durante 40 min. Desenformar e já está!
Este vai mesmo para a minha lista de bolos favoritos!



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Frigideira de bacalhau com tomate


Pois é, a ideia era ser frigideira de bacalhau com quiabos, só que no momento de fazer o almoço reparei que os quiabos já estavam estragados, de modo a que ficou apenas frigideira de bacalhau com tomate. Tive duas reacções antagónicas: do meu pai, que disse que detestou (mas comeu tudo), e da minha irmã, que disse que adorou e "ó  Ana, como é que fizeste?". 
A receita do bacalhau como deve ser (ou seja, com os quiabos) foi tirada do blogue Casa, Coisas e Sabores, mas adaptei e em vez dos quiabos juntei uns pezinhos de bróculos cozidos que tinham sobrado do dia anterior. 

Ingredientes (4 pessoas):
300 gr de bacalhau desfiado
1 cebola cortada às fatias
2 tomates em cubinhos
1/2 de um pé de bróculos cozinhos
3 c. sopa polpa de tomate
Vinho branco q.b.
1 folha de louro
Sal, azeite, q.b.

Modo de fazer: Refogar a cebola com o azeite num frigideira funda. Juntar a folha de louro. Juntar a polpa de tomate e refrescar com um gole de vinho branco. Juntar o bacalhau desfiado e deixar cozinhar, tapado. Juntar o tomate em cubinhos e os bróculos e deixar cozinhar mais um pouco, tendo o cuidado de não deixar que o tomate se desfaça. Se vir que está muito seco, juntar um pouco de água e deixar cozinhar. Temperar de sal e servir! É do mais simples que pode haver, e acompanhei com as batatas "fritas" sem óleo do post anterior.  Bom apetite!



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Batatas "fritas": sem óleo!



Sou da opinião que não basta dizer a alguém (criança, obeso, etc etc) que deve comer certos alimentos e deixar de comer outros. A coisa não é assim tão simples! Tenho a sorte de a minha refeição favorita ser sardinhas assadas, detestar McDonald's e preferir mil vezes peixe a carne, mas nem sempre as pessoas são assim: muitas vezes a nossa comida favorita é um hamburguer com batatas fritas e a solução nunca pode ser deixar de comer aquilo (porque se fosse comigo e agora viesse por aí alguma autoridade da saúde dizer que as sardinhas assadas faziam mal, sei lá, ao colesterol, eu não era capaz de deixar de as comer. É o meu prato favorito, mesmo que fizesse mal)
Por isso gostava tanto daquele programa que dava na sicmulher (era na sicmulher, não era?), o "Em forma na cozinha" ("Cook Yourself Thin", no título original) que pegava nos pratos favoritos (e pouco saudáveis) das pessoas e transformava-os numa coisa mais saudável e igualmente deliciosa. O mesmo me ensinou a  minha avó em relação às batatas fritas: podem servir estas batatas à vontade como sendo batatas fritas que toda a gente acredita. Palavra de Mãos de Manteiga e de avó. Mais demoradas, mas sem o cheiro a fritos e com muito menos calorias e colesterol. 
Eu sei que a receita é simples (quase nem é receita, é mais sugestão!) mas também sei que muita gente desconhece esta maneira de preparar batatas, portanto aqui vai:

Ingredientes:
Batatas
Azeite

Modo de fazer: Untar um tabuleiro do forno com um pouco de azeite ou com papel manteiga (para ainda ser mais saudável!). Cortar as batatas aos palitinhos (as da foto estão em pedacinhos, podem fazer como quiserem: palitos, rodelas, etc... Aos pedacinhos demora mais tempo que aos palitos ou às rodelas), borrifá-las com o pouco de azeite e envolver. Dispor no tabuleiro (tentem que não fiquem sobrepostas) e levar a forno quente durante mais ou menos 40 minutos ou até ficarem estaladiças. De vez em quando ir mexendo/virando as batatas para ficarem estaladiças dos dois lados. Temperar de sal se gostarem e já está!

domingo, 23 de setembro de 2012

Lombinhos de pescada com cebola e puré de batata


Olá a todos! Esta receita é muito simples, improvisada por mim para este almoço de domingo. É um bocado parvo, mas sempre associei comida feita no forno a refeições de dias mais especiais, como domingos e aniversários. Não sei porquê. Freud saberia.

As minhas experiências feitas em cima do joelho não costumam resultar muito bem, mas podia ter saído bem pior, não acham? À parte ter ficado queimado algumas zonas do puré, estava bastante comestível. E se não tiver outros méritos, sempre tem o de ser uma refeição com um ar e sabor mais "especial" que não demora mais de 45 min a ser feita. Sempre a calhar!

Ingredientes (quatro pessoas):
4 lombinhos de pescada (compra-se aos sacos, congelada)
2 cebolas médias
1 copo polpa de tomate (uso a feita pela minha mãe)
1 folha de louro
azeite q.b.
alho em pó q.b.
vinho branco q.b.
Puré de batata instantâneo (não gosto lá muito de batata, mas o puré instantâneo não me sabe a batata)

Modo de fazer: Fazer duas saquetas de puré de batata conforme as instruções do pacote. Temperar com noz moscada. Reservar. Refogar numa frigideira funda as cebolas cortadas às fatias finas com a folha de louro. Quando a cebola estiver transparente, juntar a polpa de tomate e deixar refogar. Refrescar com um pouco de vinho branco e juntar água (tem de ficar com algum molho). Juntar os lombinhos de pescada e tapar. Deixar cozinhar uns minutinhos, virar e deixar mais uns minutos, mas tendo cuidado para o peixe não ficar demasiado cozinhado, pois ainda vai ao forno. Num pirex próprio de ir ao forno, forrar o fundo com um pouco da cebolada. Dispor cerca de 2/3 do puré pelas laterais do pirex. Ao centro, dispor os lombinhos com a cebola por cima. Com o restante puré, num saco ou seringa de pasteleiro, fazer pequenos montinhos para lhe dar um ar mais bonitinho. Levar ao forno para gratinar durante uns 15/20 minutos (foi onde eu errei e deixei demasiado tempo) e servir. Eu acompanhei com salada de alface, tomate cherry e pepino.
Bom apetite!


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Sopa de miso com tofu e couve flor


Descobri o miso! É verdade, depois de ler sobre os benefícios da pasta de miso (nomeadamente, que aumenta a energia yang - pelo que li, devo ser mais yin, daí estar sempre com frio, com as mãos frias, e ter as ancas largas, basicamente) decidi comprar e ver no que é que dava. Continuo com as ancas largas, com as mãos frias e com frio, mas os caldos de miso são deliciosos, e agora foram promovidos à categoria de "comida de conforto". A pasta de miso não é mais do que uma pasta de soja fermentada com uma levedura simpática chamada koji, daí fazer bem também aos intestinos. Podem encontrar a pasta de miso em lojas como o Celeiro, embalados a vácuo e com vários tipos disponíveis. Não sei bem ainda a diferença entre os vários tipos de miso, sei apenas que o amarelo é melhor no verão e o mais escuro (hatcho miso) é mais indicado para o inverno (quando estiver mais frio experimento, pode ser que deixe de ser tão friorenta!). 

Razões porque gosto da sopa de miso: porque é ainda mais fácil de fazer do que sopa instantânea, e infinitamente mais saudável e saborosa (que, vamos ser sinceros, sopa instantânea é um bocado blhac). Posso estar no sofá sozinha em casa, ser hora de jantar e não me apetecer cozinhar só para mim, ou então não ter sopa feita e a vontade de a fazer ser nenhuma, que 1, 2, 3 sopa feita! Pode ser feita com todos os legumes possíveis e mais alguns, juntar massa ou arroz, ou comer apenas o caldo se tivermos mesmo muita preguiça. Tem proteínas, portanto uns legumes e alguma coisa de hidratos de carbono e temos uma refeição completa e vegetariana. Vou experimentar várias combinações e depois partilho com vocês. Vamos à primeira:

Ingredientes (2 pessoas):
3 ou 4 pezinhos de couve flor
250 gr de tofu
2 c. chá de kome miso
+/- 1/2 litro de água 

Modo de fazer: Pôr a água ao lume e cozer a couve flor. Partir o tofu em quadradinhos pequenos. Quando a couve flor estiver cozida, pôr o lume no mínimo ou desligar (fazer com que a água pare de ferver) e colocar uma concha da água quente numa tigela. Dissolver o kome miso nessa água e juntar a mistura à couve flor. Mexer e juntar os pedacinhos de tofu. Esperar uns 3 minutinhos para o tofu absorver os sabores do caldo (facultativo) e comer!

Notas: O miso nunca deve ser fervido, porque destrói as suas bactérias benéficas.
          O miso já é salgado, logo não precisam de juntar mais sal.
          A proporção de miso para a sopa de miso é mais ou menos uma colher de chá por pessoa

Não há desculpa para não termos um jantar saudável e económico, basta imaginação e vontade de experimentar coisas novas. Quem já se aventurou por aí?

domingo, 16 de setembro de 2012

BCAP - Leituras Ressonantes



Para não variar, e à semelhança de todas as outras fases da Blogagem Colectiva Amor aos Pedaços (para quem é novo por este blogue, clicar aqui para ler as fases anteriores), vou publicar atrasada. E desta vez nem posso dar a desculpa da faculdade, porque ainda estou de férias (até hoje à meia noite). A desculpa é outra: não me apetecia escrever novamente sobre culinária. Queria algo mais meu e sobre uma coisa que gosto ainda mais (é verdade, ainda mais!) do que cozinhar: ler. E entre tantos livros que tenho (tantos, tantos...) mais o que já li porque me emprestaram ou requisitei na biblioteca, não sabia o que escolher. Já espreitei na página da Rute e vi que os livros já foram abordados noutro blogue, e peço desculpa por isso. Vou tentar não me focar tanto nos livros, e mais no acto da leitura. E o mesmo tema dá sempre publicações diferentes, portanto espero que gostem da partilha!

1ª Fase - Encantamento
Duas prateleiras das minhas estantes estão dedicadas aos livros de quando era pequena. O meu favorito era (e continua a sê-lo) um chamado "Um tesouro de Contos de fadas". As imagens, as letras, as histórias, o cheirinho das folhas... é puro encantamento de se ler! Do princípio ao fim! Também saliento os livros da Anita, cuja colecção me ocupa um bom espaço da prateleira, entre os comprados especialmente para mim e para a minha irmã e os herdados da mãe. Não podia também deixar de falar do conjunto de livros "O meu pequeno cofre de contos Grimm", oferecidos pela minha madrinha EXCLUSIVAMENTE a mim (esta parte só quem é gémeo consegue entender!) e que guardo com carinho e devoção que guardaria a mais estimada relíquia. Todos eles são encantamento instantâneo, úteis ainda hoje para me animar nos momentos mais "desencantadores" da vida. As minhas horas de deitar quando era pequena eram privilegiadas, sem dúvida.


2ª Fase - Desencantamento
Aqui vou falar dos livros que ainda não consegui ler, ou que li e que no fim nem sei bem como consegui ler até ao fim (peço desculpa a quem goste, gostos são mesmo assim!). São os únicos livros desta publicação que aconselho que NÃO LEIAM). Em primeiro lugar, todos os livros do Nicholas Sparks. Eu não li os livros todos (só li uns três ou quatro, o que até já é demais), e foi na minha fase de entrada na adolescência, quando ainda lia tudo o que me aparecia à frente (tinha muito tempo livre, ou pelo menos mais do que tenho agora). São mesmo mauzinhos. Mas o facto é que vendem, e eu própria os li, portanto... Outro livro que está na prateleira há anos e que até me custa a crer não gostar dele, é o "Rio das Flores", do Miguel Sousa Tavares. Não sei porque não o consigo ler, mas não consigo mesmo. Não gosto mesmo nada. Já li a contracapa (coisa que raramente faço) e parece uma história interessante, mas li apenas o primeiro capítulo, e a bocejar. E tenho de acabar esta secção com a saga "Twilight", oferecida pela minha avó (tenho dois exemplares da saga). Não há paciência para ler sobre vampiros que brilham. Vampiros comem donzelas indefesas e morrem com o sol, certo? Ok.



3ª Fase - Esperança
Nesta fase vou pôr os livros que quero ler, que já estão em lista de espera na minha prateleira, que penso que vou gostar mas que ainda não encontrei o momento certo para os ler. São eles "O Conde de Monte Cristo", do Alexandre Dumas, e "Os Miseráveis", do Vítor Hugo. Estes são os meus calhamaços que quero ler alongo prazo. A curto prazo (ou seja, ainda este ano) quero ver se leio os "Cem anos de solidão" do Gabriel Garcia Marquez (nunca li nada dele e a minha prima Silvie disse que foi o único livro que leu duas vezes, o que me deixou curiosa) e "Servidão Humana", do meu querido Maugham.



4ª Fase - Questionamento
Esta fase é difícil, mas vou tentar incluir livros que me fizeram "pensar". Isto é um bocado parvo, até, porque todos os livros me fizeram pensar, mesmo os mais tolos. Todos os livros têm lugar no seu contexto, e dizer que um livro é bom porque "faz pensar" não é um bom argumento para nos levar a ler seja o que for. Daí que os livros que vou incluir aqui, apesar de não serem os meus preferidos, fizeram-me pensar na altura em que os li e que me marcaram à sua maneira porque foram lidos naquele contexto. São eles "Coração", de Edmundo de Amicis (já o li há anos...), "Memórias de uma gueixa", de Arthur Golden, e "A vida na porta do frigorífico", de Alice Kuipers (constituído apenas por mensagens em post-its na porta do frigorífico). E claro, a "Biblia", fiel companheira de catequese, retiros, reflexões, orações e algumas leituras de cabeceira.



5ª Fase - Reintegração
Nesta fase vou incluir livros que já li incontáveis vezes, que quase sei de cor, e que sempre que os leio são como voltar a encontrar um velho amigo. E tenho de ler "aqueles" livros. Se me emprestassem outro exemplar do mesmo livro já não seria a mesma coisa. Não têm as folhas dobradas nas passagens favoritas, não têm o mesmo cheiro, não têm a fita cola nas lombadas... Enfim, manias. São eles a colecção do Harry Potter, de J. K. Rowling (durante grande parte da minha infância e adolescência quase que vivia para ler o próximo livro do Harry Potter), "Terra Bendita", de Pearl S. Buck (o 1º livro de uma fantástica trilogia sobre uma família de chineses e que aconselho a toda, toda a gente que leia pelo menos uma vez na vida) e, o meu livro favorito, mesmo mesmo, mesmo e a sério, e que ainda não foi destronado por mais nenhum, "O Fio da Navalha", de Sommerset Maugham. Adoro o escritor (a maneira dele escrever, claro, que infelizmente não o pude conhecer pessoalmente - o homem já estava morto e enterrado ainda antes da minha mãe nascer), e adoro o livro ainda mais. Às vezes até pego nele e leio uma página ao calhas. Valem todas a pena.



E pronto, espero que tenham gostado desta viagem nada culinária, mas muito minha. Sem comida de jeito a vida seria triste, mas sem um bom livro ao pé seria completamente impossível.

Nota: Consegui arranjar na net imagens dos livros nas edições que eu tenho ^^


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Enroladinhos de Requeijão



Antes demais, peço desculpa pela ausência, mas a cozinha tem andado nesta última semana um pouco a meio gás. Andei a ver fotos do meu dia de anos e reparei que me faltavam ainda receitas para publicar (?!). Ainda por cima uma delas era dos enroladinhos de requeijão, que para além de deliciosos (já feitos uma vez há uns anos com um amigo nosso, quando nos reuníamos todas as sextas-feiras, mais ou menos, para ver um filme e comer coisinhas boas), são tradicionais de uma das três maiores festas judaicas: o Shavuot.

O Shavuot, pelo o que eu consegui apurar vagueando pela net, para quem não sabe (eu não sabia, e se quiserem continuar sem saber podem seguir logo directamente para a receita, eu não me importo!), vem 50 dias após o Pessach (a saída do Egipto) e comemora a outorga da Torah (a bíblia judaica) a todo o povo judeu. Shavuot significa semanas em hebraico mas significa também juramento, uma vez que Deus e o povo judeu, através da Torah, juraram fidelidade um ao outro, formando o pacto duradouro de nunca se abandonarem um ao outro. No dia do Shavuot, é tradição comerem-se produtos lácteos, uma vez que a palavra "halav" ("leite" em hebraico) tem o valor de 40, o número de dias que Moisés passou no monte Sinai.

Receita original daqui.

Ingredientes: 
250 gr de margarina amolecida
250 gr de requeijão
300 gr de farinha de trigo
200 gr queijo fatiado (mozarela ou outro qualquer que derreta bem)
sal q.b.
1 gema

Modo de fazer: Misturar todos os ingredientes com as mãos (com excepção do queijo fatiado) até formar uma massa homogénea. Abrir com um rolo até formar um quadrado e dispor as fatias de mozarela em toda a superfície de massa. Enrolar como se fosse uma torta (torta no Brasil diz-se rocambole). Pincelar com a gema de ovo batida. Cozer em forno moderado durante 40 minutos. Ainda quente, partir em fatias.
Quentinhos, são de comer de chorar por mais!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Sardinhas em cebolada



Engraçado como gosto tanto de cozinhar e nunca me aventurei no meu prato favorito, a comida que nunca enjoo nem que coma dias seguidos durante semanas, e que me dá mais prazer comer: sardinhas assadas! 
É uma injustiça: se o meu prato favorito fosse lasanha ou bacalhau com natas, cada vez que me apetecesse fazia e já estava; agora sardinhas assadas não é coisa que se faça em Dezembro num apartamento (e eu tenho a sorte de ter uma churrasqueira, tenho é o azar de não ter a mínima vocação para coisas que envolvam carvão e fósforos). Mas pronto, as sardinhas congeladas são o meu consolo nos dias mais frios, e no verão aproveito (e bem!) as sardinhas frescas.
Nos últimos dias de férias decidimos reunir os vizinhos da rua (somos todos como família), montar uma mesa na rua e fazer uma sardinhada. Comemos todos até rebentar (quer dizer, todos não sei, mas eu fiz a minha parte!) e ainda assim sobejaram 10 sardinhas. E agora? Que fazer com tanta sardinha, já assada? Não é coisa que se aqueça no microondas e se coma requentada. Mas deitar fora estava fora de questão! Foi assim que tive a ideia de fazê-las em cebolada, portanto a receita de hoje nem é bem receita, é mais uma sugestão para restos!



Ingredientes:
4 sardinhas assadas (as restantes 6 congelei para invenções futuras)
1 pimento grande
1 cebola grande
Polpa de tomate
Alho em pó
Azeite 

Modo de fazer: Separar os filetes da sardinha da espinha. Não tirei fotos ao processo, mas não há nada mais simples: Com uma faca afiada, passar ao longo de todo o lombo da sardinha. Com cuidado e com ajuda da faca, separar o filete da espinha. Tirar as espinhas maiores dos lados, as barbatanas e a pele. Reservar os filetes. Numa frigideira, refogar a cebola cortadas em meias luas com azeite e o alho em pó. Quando a cebola estiver douradinhas, juntar a polpa de tomate com fartura e o pimento às fatias e refogar tapado uns minutinhos. Juntar os filetes e refogar mais um pouco. Servir sobre uma fatia de pão.

Espero que gostem da ideia! Continuo a preferir sardinhas assadas, simplesmente sobre o pão e acompanhadas com pimentos assados e salada de alface, mas não deixaram de estar deliciosas e não pareciam, de todo, sardinhas requentadas!

Já estou com saudades da terra, parece que cada vez me custa mais sair de lá!

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Algumas imagens do meu dia...

Como sempre, o último dia de férias na terra do meu pai foi passado a fazer coisas que por preguiça falta de tempo foram deixadas para o fim. Portanto, de manhã foi apanhar amoras (enquanto a mãe fazia doce de tomate) e de tarde as pêras e fazer pêras em calda. As amoras já estão congeladas para fazer doce mais tarde em Lisboa e as pêras maiores e mais maduras estão no caixote da fruta, prontas a serem colocadas na mala do carro para se transformarem em doce. Adoro esta parte do verão!


As amoras ainda no balde



Os frascos de doce de tomate a criar vácuo


Pêras, aqui vamos nós!


As pêras mais mirradinhas (este ano houve pouca água e numa das pereiras as pêras eram autênticas "pêras baby"), a fazer companhia aos frascos, em lista de espera para serem transformadas em pêras em calda!


A nossa Safira, que observou à janela todo este trabalho, interrogando-se sobre o que raio estaríamos nós a fazer...

As malas estão prontas, as frutas, legumes, compotas e afins já estão na garagem, em lista de espera para a mala do carro. A Safirinha não pára quieta, deve estar com medo que a deixemos cá... As despedidas também já foram feitas, com beijinhos repenicados e abraços apertadinhos. Fico sempre tão triste quando me vou embora, daqui até à Páscoa parece uma eternidade, mas no fim acaba sempre por passar depressa!

E desse lado, como vivem o fim das férias? Também há compotas, conservas e despedidas?

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sobremesa fresca de gelatina e iogurte


A maioria das pessoas emagrece para o verão. A maioria das pessoas passa o verão a comer coisinhas leves e tal para não estragar o efeito do bikini. Eu sou ao contrário das outras pessoas (também não uso bikini, isso tem a sua influência...): o verão é altura das tréguas. Em agosto não vou ao ginásio (mas apenas por impossibilidade geográfica, que ginásio para mim é lazer), em agosto como com satisfação sardinhas assadas, leitão assado, um gelado de vez em quando, como (e muitas vezes repito) a sobremesa ao almoço no dia de uma das muitas festas espalhadas pelo verão. Por isso, ia fazer uma sobremesa hiper-mega-calórica para levar ao almoço em casa de uns amigos (que por lá era dia de festa): Molotov. E não é que não tinha ovos? A maioria das vezes, quando me falta um ingrediente, substituo por outro e vou à aventura rezando para que tudo corra bem, mas Molotov sem ovos não dá. Tinha gelatina, uns iogurtes que se iam estragar (ainda do tempo em que os meus primos cá estavam) e uma receita com respectivo link à espera de ser experimentada e reinventada, do blogue As Minhas Receitas. E pronto, lá saiu uma sobremesa não muito light, mas ainda assim pobre em colesterol, mais a condizer com o verão!

Ingredientes:
2 pacotes gelatina de morango (pode ser o sabor que vocês quiserem!)
1l de água
6 iogurtes (eu usei o que cá tinha: 4 naturais, 1 de Aroma de Morango e um de Pedaços de Frutos Silvestres)
6 c. sopa açúcar
6 folhas de gelatina (para a próxima vou usar mais duas ou três, para ficar mais firme e menos cremoso)
baunilha em pó q.b.
óleo q.b.

Modo de fazer: Preparar a gelatina com a água conforme as instruções do pacote (nota: foi a primeira vez que fiz gelatina instantânea!). Despejar numa forma untada com um pouco de óleo e levar ao frigorífico até ficar firme (eu não tenho cá na terra formas com fundos bonitos, foi numa de bolo normal mas tive pena). Quando a gelatina estiver sólida (no meu caso, às 2h e tal da manhã quando vim do concerto dos Anjos eheh), misturar os iogurte com o açúcar e baunilha a gosto. Demolhar as folhas de gelatina num pouco de água, escorrê-las e derreter no microondas durante 10 segundo. Envolver na mistura dos iogurtes e verter sobre a gelatina. Levar ao frigorífico para solidificar e desenformar num prato bonito.  
Como sou pouco amiga de iogurtes, muito menos daqueles com aromas artificiais e açúcares esquisitos, não gostei assim tanto. Vai ser repetida, mas com iogurtes naturais! 


sábado, 25 de agosto de 2012

O Mãos de Manteiga está no facebook!!!

Toda a gente está, e o Mãos de Manteiga já não é excepção! Apesar de modesto, acho que merece este avanço "tecnológico-informático". A página ainda está em construção, mas nos próximos dias espero ter uma espécie de "índice ilustrado" de cada receita já postada no blogue (com acesso ao respectivo link) e divulgar os doces e salgadinhos que faço para vender.
Confesso que sou do pior que há para informática, não percebo mesmo nada e nem quero perceber, verdade seja dita, portanto foi um passo para a maturidade pesquisar no google para obter instruções quanto ao simples acto de criar uma página no facebook, tarefa que me ocupou algumas horas da tarde e que, só isso, merece todos os "likes" que eventualmente vai ter!

Com isto tudo (ainda para mais a horas tardias!) quero apenas convidar todos os meus seguidores (que já são 22!!!) e restantes visitantes a seguir a página do Mãos de Manteiga no facebook (até consegui criar um "botão" do lado direito do blogue para tornar esta tarefa facilitada! Estou uma mulherzinha!). Obrigada a todos pelo carinho dos comentários, pelas visualizações e por toda esta partilha culinária que justificou tal passo. 
Beijinhos*



sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Caramel Shortcake



Mais uma receita que experimentei fazer na festa cá da terra do meu pai (e uma receita desta é mesmo só nas festas!), mais uma retirada do blogue A culpa é das bolachas. Tenho dois documentos word no computador com o nome seguido dos links das receitas que quero experimentar (um para receitas doces, outro para receitas salgadas) e esta era uma das que queria experimentar há algum tempo. Ficaram umas bolachinhas deliciosas, que foram apreciadas especialmente pelo meu primo David. É a combinação da bolacha crocante com o caramelo pegajoso e o sabor do chocolate... irresistível para qualquer pessoa!

Ingredientes:
Base:
120 gr de manteiga
180 gr de farinha
60 gr açúcar amarelo

Caramelo:
160 gr açúcar amarelo
1 lata de leite condensado

Topping:
400 gr chocolate de culinária
50 gr de margarina

Modo de fazer: Comece por preparar a base: derreter a manteiga e juntar o açúcar e a farinha, mexendo bem. Forrar o fundo de uma forma de fundo amovível e levar ao forno durante 30 min a 180ºC. Deixar arrefecer.
Entretanto, prepare o caramelo: Misturar tudo num tacho e levar ao fogão mexendo sempre até engrossar e ficar acastanhado (leva algum tempo, que parece mais num dia de trinta e tal graus como era o caso, mas a persistência é a chave do sucesso!). Verter para dentro da forma. 
Por último, preparar o topping: derreter os ingredientes, mexer bem e colocar sobre o caramelo já arrefecido. Levar ao frigorífico até endurecer. Tirar do frigorífico e deixar ficar à temperatura ambiente para ser fácil de cortar em pequenos quadrados. Com um cafezinho, a seguir ao almoço, nem vos digo nada!

P.S. O aspecto pelas minhas fotos, enfim, é aquilo que se impõe (eu tirei exactamente 10 fotos a esta sobremesa, de vários ângulos e com várias luzes, mas começo a achar que o mal é mesmo falta de jeito para a fotografia, e não apenas falta de paciência...). Aconselho a seguirem o link da receita e verem as fotos do blogue do Diogo, que são mesmo de comer com os olhos!


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Lentilhas com ovos escalfados


As lentilhas entraram tarde na minha vida, ou seja, apenas quando entrei na faculdade e são inúmeras as vezes em que as fazem guisadas, e que eu adoro. Como nem a minha mãe nem o meu pai gostam, nunca as fizeram cá em casa. No outro dia, ao folhear as receitas que tenho marcadas do livro Feito em Casa, da Joana Roque (a colher-de-pau, do blogue As Minhas Receitas), vi lá uma receita de ovos escalfados com lentilhas e apeteceu-me experimentar, fazendo as minhas modificações consoante o que tinha cá em casa. E foi assim que saíram umas deliciosas lentilhas com ovos escalfados, que tanto eu como a minha irmã adorámos (a minha mãe, que não gosta nem de lentilhas nem de ovos escalfados, comeu outra coisa). 

Ingredientes (2 pessoas)
200 gr de lentilhas
1 pedaço de chouriço corrente (do tamanho de um dedo indicador)
1 cebola média
1 pacote pequeno de polpa de tomate (daqueles do tamanho do leite achocolatado)
2 ovos
alho em pó q.b.
azeite 
sal

Modo de fazer: Demolhar as lentilhas em bastante água (eu demolhei de um dia para o outro, mas basta uma hora ou duas). Num tacho refogar a cebola e o chouriço cortado em pedacinhos pequenos com o azeite até a cebola ficar loirinha. Juntar a polpa de tomate e deixar refogar. Juntar as lentilhas e um pouco de água, tapar e deixar que as lentilhas cozam durante uns 30 minutos, tendo o cuidado de ir mexendo de vez em quando e ir juntando água, de modo a que as lentilhas tenham sempre um pouco de caldo (elas absorvem bastante a água). Temperar de sal e alho em pó. Quando as lentilhas estiverem cozinhadas, partir cuidadosamente os ovos um a um para a panela, tapar e deixar escalfá-los. Eu servi simplesmente assim, mas devem ficar igualmente deliciosas com arroz branco.
Bom apetite!

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Hambúrgueres de okara com cenoura


Olá a todos! Como já sabem, estou de férias na terra do meu pai, que fica em Trás os Montes, mais propriamente ao pé de Mogadouro, e não muito longe de Miranda do Douro, também. Como lisboeta de gema que sou, e como pessoa que poderia passar o resto da vida sem nunca mais tocar em carne (exceptuando frango de vez em quando, bem como posta mirandesa), sempre me admirou como toda a gente aqui gosta tanto de carne. Como já andava um bocado farta de carne, decidi fazer tofu (pedi à minha irmã que me trouxesse os "instrumentos" de lisboa) e, com a okara, fiz os famosos hamburgueres de okara e cenoura que, estranhamente, ainda não tinha publicado no blogue! A minha irmã diz que é das suas comidas favoritas e, apesar de ser suspeita, também os acho deliciosos.

A receita é minha, inspirada de vários blogues de uns hambúrgueres de vegetais da cantina da minha faculdade, mas lembro-me que tirei a ideia da sopa de cebola e do vinho tinto do blogue Partilhando a Mesa
Quando faço tofu com 1 cháv. de grãos de soja, sobra-me cerca de 300gr ou 350gr de okara, a fibra que resta do leite de soja e que pode (e deve!) ser aproveitada (e é a principal razão porque faço tofu em casa). Para além de hamburgueres, tem imensas utilizações, podendo ser inclusivamente congelada se lhe quisermos dar uso mais tarde.


Ingredientes (para cerca de 16 hambúrgueres):
350 gr de okara escorrida (eu deixo-a um bom bocado num passador de rede) 
2 cenouras grandes raladas
1 pacote de sopa de cebola instantânea
1 copo de vinho tinto
1/2 copo de molho de soja (ou um pouco menos, se for muito forte)
Alho em pó, caril e cominhos a gosto
Farinha/pão ralado q.b.


Modo de fazer: Misturar todos os ingredientes e ir juntando a farinha até conseguir moldar uns hambúrgueres. Moldar com a mão e congelar ou grelhar imediatamente, num grelhador ou numa frigideira com um pouco de azeite. Demoram pouquíssimo tempo, mesmo estando congelados, portanto são óptimos para jantares ou almoços nos dias de mais pressa. Eu congelo num tabuleiro e depois embrulho em saquinhos para ocupar menos espaço. Podem servir acompanhados com o que se quiser ou então fazer almôndegas em vez de hambúrgueres. A minha irmã uma vez esfarelou-os e misturou com massa para uma bolonhesa. A imaginação é sempre o limite! Desta vez, foram servidos com salada de alface, tomate e pimento verde com um pouco de molho do falaffel
Espero que gostem!


Os hamburgueres, antes de irem para o congelador!

terça-feira, 14 de agosto de 2012

De volta! - Bolo de Nutella e Maltesers

Olá a todos! Antes demais, peço desculpa pela longa ausência, mas se primeiro deixei de escrever porque estive duas semanas inesperadamente sem internet - sim, porque isto da "internet móvel em todo o lado" ainda é utopia em muitas aldeias do interior de Portugal - depois não consegui escrever mesmo por falta de tempo, uma vez que já estou de férias na terra do meu pai e até hoje de manhã os meus primos estiveram connosco a passar férias. Entres passeios, geocaching e festas, o tempo para estar ao computador (e a vontade!) já não era muito, ainda o que restava era dividido pelos miúdos que nunca se fartavam do youtube e dos Sims. Mas agora estou de volta e com várias receitas (já devo ter engordado uns quatro quilos desde que começaram as férias, entre petiscos, festas e férias de ginásio, mas pronto, o melhor é nem pensar muito nisso!).

No meu computador há sempre um ficheiro word para links de receitas de doces retiradas de blogues e outro de receitas salgadas. Este bolo ficou na lista desde que foi publicado no tentador blogue A Culpa é das Bolachas, que, se ainda não conhecem, é visita obrigatória para quem como é adora doces (se bem que não sou muito de bolachas). O Diogo diz que a culpa é das bolachas, mas a culpa no meu caso é mesmo dele, que para além das receitas tentadoras, as acompanha com fotos de fazer crescer água na boca! Apesar de delicioso e de bom aspecto, o meu bolo não conseguiu ser muito fotogénico... Cá vai a receita, então, com pequenas alterações, pois não tinha avelãs e as que encontrei à venda não estavam descascadas.



Ingredientes:
400 gr de creme de chocolate tipo Nutella (eu usei da marca Noikao, que apesar de não ser tão bom como a Nutella a sério é das marcas "a fingir" que sabe mais a avelãs)
100 gr de amêndoas picadas
200 gr de chocolatee
6 ovos
125 gr de margarina
1 colher se sopa de rum
1 pacote de maltesers
100 ml de natas

Modo de fazer: Derreter metade do chocolate no microondas. Separar as gemas das claras e bater as claras em castelo. Noutra taça, bater muito bem o creme de chocolate com a manteiga amolecida (como usei margarina em barra, amoleci no microondas). Juntar as gemas e continuar a bater. Juntar o rum, as avelãs e o chocolate derretido já frio, batendo entre cada adição. Envolver as claras em castelo e despejar numa forma de 22 cm untada com margarina e farinha. Levar a forno pré-aquecido a 180ºC durante 40 min (eu queria que ficasse com consistência tipo mousse) . Deixar arrefecer antes de desenformar. O bolo cresce mas depois abate.
Para a cobertura, derreter no microondas as natas com o restante chocolate e ir espalhando sobre o bolo já frio, empurrando o chocolate nas pontas de forma a ficar a escorrer (como medi as natas "a olho" a cobertura ficou um pouco líquida demais). Cobrir com os maltesers.

Toda a gente gostou (enquanto fazia o bolo o meu avô comentava que "um bolo sem açúcar nem farinha há-de de ficar jeitoso!"), especialmente os miúdos que assim que comprei o pacto de maltesers não se calavam quando é que fazia o bolo. Claro que eu, a apreciadora mais ferrenha de chocolate da família, comeu e repetiu. Para a próxima, vou eliminar as amêndoas/avelãs picadas, pois como o bolo fica com uma consistência tipo mousse não gostei da ligação com a dureza dos pedacinhos de amêndoa quando o bolo derretia na boca. Os maltesers fazem toda a diferença! Aconselho a colocar no frigorífico para se conseguir partir os maltesers conforme as fatias. 


quinta-feira, 19 de julho de 2012

Vencedor do Passatempo do 1º Aniversário!!!


Olá a todos! Como prometido, é hoje o anuncio de vencedor do passatempo primeiro aniversário! Mas antes, quero agradecer todo o vosso carinho, seja nos comentários, participações e mesmo em se fazerem seguidores! Cheguei aos 21 seguidores! Eu sei que comparando com muitos blogues 21 seguidores parece muito pouco, mas acreditem, para mim valem tanto 21 como 221 como 2221! Obrigada a todos.

E agora, o vencedor do passatempo é.... tantantan...
....
....
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(rufar dos tambores...)

A Lina, do blogue Aroma de Café! Parabéns Lina! Obrigada pelo cheesecake vegetariano! Amendoins e chocolate... acertaste em cheio! E, a sério, chesecake com tremoços??? Espicaçou a minha curiosidade!

Mas apesar de apenas três participações, foi uma decisão difícil. Todas as sobremesas me agradavam, por razões diferentes, e fiquei sem saber qual escolher! Assim, as outras duas participantes, a Margarida e a Marina (dos blogues Tachos vs Panelas e Em Marinada, respectivamente - aconselho a visita, se não conhecem, a estes dois cantinhos sempre tão simpáticos e cheios de deliciosas receitas) também irão receber um pequeno miminho meu. Atenção que não é prémio de consolação, está bem? É apenas um miminho meu, oferecido com muito amor e carinho.

E o passatempo fez-me notar um aspecto importante: não tinha nenhum endereço de email para o blogue! Assim, criei o endereço maosdemanteiga11@gmail.com. Qualquer dúvida ou outros aspectos relacionados com o blogue são sempre bem-vindos!

Lina, Marina e Margarida, podem então enviar-me por email as vossas moradas, para vos fazer chegar uma pequena lembrança minha. Beijinhos e obrigada pelas vossas participações mas sobretudo pelo vosso carinho e dedicação na elaboração das sobremesas!

terça-feira, 17 de julho de 2012

Tarte de Ruibarbo e Framboesa


Não percebo (quase) nada de agricultura, com grande pena minha, mas desde que o meu pai tem a sua horta urbano (que se vão cada vez mais multiplicando nos terrenos baldios um pouco por todos os subúrbios de Lisboa...) tenho revelado excelente capacidades de ter ideias quanto ao que cultivar! Como o meu pai diz, a mandar sou eu muito boa eheh. Assim, já atormentei o meu pai até que ele não teve outro remédio senão cultivar também couve bacalã (fui eu mesmo comprar as sementes), rabanetes e ruibarbo. Mas o ruibarbo ou foi de ter apanhado sombra a mais, ou água a mais, ou se calhar é mesmo assim (eu de ruibarbos percebo pouco) mas antes dos talos ficarem todos vermelhos, começaram a apodrecer! Assim, mandei apanhar aquilo tudo mas como acho que a parte verde do talo não presta aproveitei apenas a parte vermelha. Alguém sabe se é normal começarem a apodrecer antes do talo ficar todo vermelho? Ou o talo nunca fica todo vermelho? Bem, com o que consegui aproveitar juntei algumas framboesas e virou uma tarte de puré de ruibarbo e framboesa! Os dois ingredientes casam lindamente, aconselho!


Ingredientes:
1 cháv. ruibarbo partido aos pedacinhos
1 cháv. framboesas congeladas
1 pacote de natas
Açúcar q.b.
2 ovos
1 pacote de massa quebrada de compra.

Modo de fazer: Forrar uma tarteira com a massa quebrada e fazer-lhe uns furinhos no fundo com um garfo (eu usei uma tarteira de fundo amovível). Num tacho, levar ao lume o ruibarbo, as framboesas e o açúcar até  virar uma compota (se for necessário, triturar com uma varinha mágica). Numa tigela à parte, bater os ovos e juntar as natas. Juntar a mistura de framboesas e ruibarbo. Verificar o açúcar e se for necessário acrescentar mais um pouco. Deitar esta mistura na tarteira e levar a forno pré-aquecido. 

Espero que gostem! Para a próxima, espero ter ruibarbo suficiente para conseguir fazer uma tarte "exclusiva" !

Não se esqueçam, quem ainda não participou no passatempo comemorativo do primeiro aniversário do meu blogue pode ainda fazê-lo hoje ou amanhã! Conto com vocês!

domingo, 15 de julho de 2012

BCAP - Reintegração e Clafoutis de ameixa e mascarpone


Chegámos à ultima etapa da blogagem colectiva! Após encantos, desencantos, esperança e muitos questionamentos, chegou a altura de reunir os pedaços, numa reintegração de corações. 
Espero que também para mim, na altura certa e quando me deixar de devaneios e inconstâncias (será que esse dia vai chegar alguma vez?), esteja reservado alguém com quem partilhar as coisas boas e más do meu dia-a-dia. Aquele amor como vejo apenas em alguns casais, mais frequente quanto mais idosos são. Alguém com quem partilhar, por exemplo, tardes de chuva, no sofá, e que não se importa com o meu pijama polar entalado nas meias e pantufas de bonecos que, tenho a certeza, irei usar enquanto tiver pés. Que não se importa com a minha resmunguice (e desgrenhice!) matinal. Com quem me sinta confortável em rir até às lágrimas, até ficar com soluços, e que não me diga "Menos, menos..." (hábito irritante semeado por vários elementos da população, portuguesa pelo menos, que ataca ferozmente o riso e a boa disposição). Que tolere e, mais do que isso, ache piada às minhas pequenas manias. Que reintegre o que se desintegrou no passado, que agora é o presente. Um dia mais tarde.

E, também bom para acompanhar tardes de chuva no sofá, sozinha ou acompanhada, nada melhor do que comida de conforto, que para mim é bolo da caneca, chocolate ou chá bem quentinho e, a partir desta semana, clafoutis de ameixa bem morninho. Foi a primeira vez que fiz clafoutis, e achei deliciosa e encantadora a união (reintegração?) do doce com o ácido da ameixa. Baseei-me em  duas receitas de clafoutis (esta e esta), do blogue Coco & Baunilha e juntei-lhe o meu toque pessoal, que é como quem diz o que tinha disponível na despensa da minha avó, com quem estou a passar duas semanas de férias. 



Ingredientes:
250 gr de mascarpone
100 ml de leite
1 iogurte natural
60 gr farinha 
80 gr de açúcar
1 ovo
450 gr de ameixas pretas (pesadas com o caroço)
1 c. sopa whisky (não tinha amêndoa amarga nem rum)
Margarina para untar e açúcar para polvilhar.

Modo de fazer: Cortar ao meio e descaroçar as ameixas. Cobrir com estas metades o fundo de um pirex untado com manteiga. Numa tigela, bater o ovo com o açúcar. Juntar o leite, a farinha, o mascarpone, o iogurte e o whisky e bater. Cobrir as ameixas, polvilhar com açúcar e levar durante 35-40 min a forno pré-aquecido a 180ºC (o forno da minha avó tem temperaturas, yei!). Ao tirar do forno, ainda quente, cobrir com um pouco mais de açúcar (para criar uma crostinha de açúcar).
Servir em fatias, directamente do pirex. Morno ou frio, é delicioso das duas maneiras! Se quiserem, podem virar o doce de forma a que as ameixas fiquem por cima.
Bom apetite!


Quem quer uma fatia?