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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Farófias com doce de ovos e amêndoa torrada


Não havia nada.

Vinha a minha irmã e o meu cunhado almoçar cá a casa e eu sem tempo nem ingredientes para uma sobremesa.


Havia ovos. Muitos ovos caseiros, das galinhas do meu pai. Não havia quase açúcar, mas tinha um restinho de um pacote de amêndoa em pedaços.

Não é preciso muito mais para fazer uma sobremesa deliciosa, que como único defeito ter feito pouca!


Ingredientes 

  • 8 ovos
  • leite q.b. (usei leite de amêndoa)
  • 8 c. sopa açúcar
  • 50 gr de miolo de amêndoa granulado
  • Essência de baunilha q.b.


Modo de Fazer
1 - Separar as claras das gemas. Bater as claras em castelo firme com 3 c. sopa açúcar.
2 - Num tacho, levar ao lume o leite e cozer nele colheradas de claras, até que fiquem durinhas. Dividir por quatro tacinhas.
3 - Levar ao lume as gemas com o restante açúcar e a essencia de baunilha, mexendo sempre com uma vara de arames até obter um creme espesso. Despejar em cima das claras.
4 - Numa frigideira, torrar ligeiramente as amendôas. Cobrir a sobremesa e servir!

Para 4 pessoas
Aprox. 276 kcal/porção


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Pavlova de Chocolate com Framboesas e Mirtilos


Tenho 23 anos e estou quase a meio caminho dos 24. De repente, cresci (ou melhor, tornei-me adulta, porque nao ultrapassei os meus orgulhosos 1,55m). A minha vida não está nem de perto nem de longe organizada como eu imaginava que estaria aos 23 anos. A bem dizer, acho até que nunca estive tão perdida (não escolham Psicologia. Nunca, nunca.). É impossível pensar em casar, ter filhos, sair de casa, comprar um carro, fazer férias, pensar no que vai ser a minha vida para o mês que vem, sequer. 


De certeza que muitos de vocês estarão na mesma situação (ou pior!). Mas não somos todos. Assim, o meu circulo de amigos divide-se em dois: entre aqueles que ainda não sabem o que fazer a vida, que ainda estão a estudar ou a saltitar de trabalho em trabalho precário, e aqueles que já têm trabalho, casa, um sofá na sala e panelas na cozinha, que moram juntos e/ou vão casar e que estão a pensar em ter ou já tiveram filhos. E foi assim que a minha irmã saiu da casa, casou, e que estão mais amigos  e ex-colegas com planos de casar brevemente, que vão ter ou já tiveram um filho (ou dois!). Enfim, que já estão organizados.


E isto é bom. É bom ouvir noticias de casamentos, ajuntamentos, gravidezes e nascimentos. É bom ver amigos a realizarem sonhos. E também é bom que, devido a estas transições na vida, se retomem alguns contactos já meio perdidos. 


Foi o que aconteceu com a L. A L. é uma amiga do secundário e, como acontece muitas vezes, com o inicio da faculdade fomos-nos afastando. Ia acompanhando a vida dela pelo facebook (digam o que disserem, trouxe mais coisas boas que más à vida da maioria das pessoas), e foi assim que soube da sua gravidez e do nascimento do D., que é apenas o bebé mais fofo de sempre. E foi assim que combinámos um jantar, em casa da minha irmã e do marido (na altura noivo), para pôr-mos a conversa em dia.


Já não sei porque me decidi pela combinação chocolate e frutos vermelhos, mas ficou deliciosa e super intensa! Houve quem a achasse enjoativa, mas eu achei que estava perfeita! A receita fiz a mesma daqui.



Ingredientes
PAVLOVA
5 claras
250 gr gr açúcar
3 c. sopa de chocolate em pó
1 c sopa de vinagre balsâmico
100 gr de chocolate de culinária picado

COBERTURA
100 gr de chocolate de culinária
100 ml de natas
framboesas e mirtilos q.b.

Modo de fazer:
PAVLOVA
1 - Pré-aquecer o forno a 180ºC.
2 - Bater as claras em castelo. Juntar o açúcar uma colher de cada vez e bater até as claras ficarem bem firmes. Juntar o vinagre e o chocolate picado e envolver bem.
3 - Forrar um tabuleiro com papel manteiga e distribuir a massa, formando um circulo. Levar ao forno por uma hora. Ao fim desse tempo, deixar a pavlova arrefecer completamente dentro do forno, deixando a porta entreaberta.

COBERTURA
1 - Levar as natas e o chocolate em lume mínimo, mexendo bem até o chocolate derreter.
2 - Cobrir o interior da pavlova com estre molho de chocolate
3 - Decorar com as framboesas e os mirtilos.

Digam lá se não fica com um ótimo aspeto?


Para 10 fatias
Cerca de 274 kcal/fatia

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Pipocas - as definitivas, as melhores do mundo, e de como elas chegaram até mim.


A minha busca pelas pipocas perfeitas remonta de há muito, muito tempo atrás. Eu adoro pipocas, adorava conseguir fazê-las bem.
Mas o facto é que corriam sempre mal.


Contei-vos aqui das minhas tentativas de pipocas que saíam todas esturradas. Contei-vos mais tarde também uma tentativa de fazer pipocas no microondas, sem gordura, em que o balde derreteu (lembram-se?). Pelo meio, afirmei que tinha encontrado a melhor receita de pipocas de sempre, a infalível, a derradeira, a última da minha saga de experimentação das pipocas. Pareciam-me perfeitas e declarei a minha busca por terminada. Sou tão parva.


Nem vinte e três dias depois, tinha um gajo qualquer a mandar-me mensagem para o facebook, a dizer que as pipocas da mãe eram melhores que estas. Exigia-me, a troco da receita que jurava a pé juntos ser hiper mega ultra maravilhosa, de fazer-nos ir ao céu e ouvir os anjinhos a cantar (ok, ele não dizia bem isto assim, mas a mensagem era parecida), que eu o aceitasse como amigo no facebook. Porque receitas destas, "só a amigos" e eu ainda não era amiga dele. Pelo meio, foi-me picando com fotos das pipocas que, à primeira vista, pareciam pipocas perfeitamente normais, mas... pipocas fáceis? Deliciosas? De ouvir os anjinhos a cantar? Depois de todas as garantias que ele não era um stalker-depravado-violador-doente mental, não resisti. 


Resumindo a história: aprendi a fazer as pipocas. Pelo meio também o fiquei a conhecer, e, para além das pipocas, muitas mais coisas nele são maravilhosas e deliciosas e de fazer ouvir os anjinhos a cantar. Há um ano que é a minha coisinha boa mais linda do meu coração, que tornou também o meu coração mais doce à custa de pipocas e de muitas outras coisas, e que foi tornando os meus dias cada vez mais felizes. 


Eras só um gajo qualquer. Um gajo qualquer estranho que meteu conversa comigo um dia por causa de uma receita de pipocas, que eu julgava a melhor do mundo. Como achava ser melhor uma data de coisas que eu já tinha. 

Estava enganada. O melhor és tu :)

(se ainda tenho dúvidas que este blogue me trouxe coisas boas? Nenhumas!) 

Ingredientes
  • Óleo q.b.
  • Pipocas q.b.
  • 6 c. sopa açúcar

Modo de fazer:
1 - Numa panela de pressão (aquece melhor e são mais estreitas e altas) cobrir o fundo com bastante óleo e com uma camada de pipocas. Levar ao fogão com o lume no máximo. Tapar com uma tampa, deixando-a um pouco entreaberta. 
2 - As pipocas vão saltando, e NÃO É PRECISO MEXER. As pipocas quando saltam vão ficando mais leves e vão subindo. 
3 - Quando pararem de saltar, tirar do lume. Retirar metade das pipocas. Na outra metade, juntar metade do açúcar e levar novamente ao fogão, sempre com o lume no máximo. Mexer sempre com uma colher de pau, até o açúcar derreter (fica a parecer água no fundo da panela) e envolver bem as pipocas neste açúcar derretido.
4 - Retirar as pipocas e repetir com a outra metade. Deixar arrefecer e comer!

As pipocas não ficam "caramelizadas", mas ficam super docinhas e super estaladiças. Para vocês terem uma ideia, as pipocas do cinema são agora uma desilusão.
Ao contrário das outras receitas, não ficam com uma panela escura, que tem de se esfregar imenso para retirar o caramelo do fundo: basta pôr debaixo de água e quando a panela arrefecer lavar normalmente. Já não quero outra coisa!

E desta vez não há calorias para ninguém, que os posts felizes e as boas receitas não merecem ser alvo de "desmancha-prazeres".