segunda-feira, 29 de julho de 2013

Alargamento do prazo do passatempo do 2º aniversário

Olá a todos! Supostamente, o prazo do passatempo do 2º aniversário do Mãos de Manteiga terminava hoje à meia-noite, mas como até agora recebi poucas participações, decidi alargá-lo por mais uns tempos.
Assim, têm até dia 18 de Agosto, até às 23h59, para participarem. Volto a relembrar o que devem fazer para participar:

1º - Ser seguidor do blogue e/ou da página do facebook
- Fazer uma publicação no vosso blogue ou no vosso facebook que relate a vossa primeira experiência culinária. Podem simplesmente relatar, ou então torná-la mais interessante juntando fotos, receitas, poemas, etc (dêem largasà imaginação, porque será esse o fator decisivo na escolha do vencedor). Na publicação tem de constar a imagem alusiva ao passatempo:


- Deixar o link da participação num comentário aqui pelo blogue ou pelo facebook.

Condições:
- Ser seguidor do blogue e/ou da página do facebook
- Ser residente em Portugal continental ou Ilhas (ou então ter uma morada em Portugal em que eu possa enviar o prémio).
- É permitida apenas uma participação por pessoa (no caso de haver 2 ou mais participações por pessoa, será tida em conta apenas a primeira)

Prémio:
Livro "100 Melhores Alimentos para se Manter Jovem", da Charlotte Watts.



Escolha do vencedor:
Na escolha do vencedor, será tido em conta a originalidade do post e sentimento colocado na escrita da vossa história (que pode ter tanto de engraçada como comovente!)
- Cada participação será pontuada de 1 a 10 por mim e depois pela minha irmã, numa avaliação cega (ou seja, sem saber quem participou), para garantir a imparcialidade. As pontuações das duas serão somadas e o vencedor seráaquele que acumular mais pontos.
- Entrarei em contacto com o vencedor para me enviar por e-mail a sua morada. 

Boa sorte!

Link original do passatempo: http://maos-de-manteiga.blogspot.pt/2013/07/passatempo-2-aniversario-do-maos-de.htmlhttp://maos-de-manteiga.blogspot.pt/2013/07/passatempo-2-aniversario-do-maos-de.html

sábado, 27 de julho de 2013

Bolinhas de feijão e aveia, croquetes de okara e cenoura e e um incentivo à vossa participação no passatempo


Verão para mim também é sinónimo de piqueniques. Agora que penso nisso, também faço piqueniques no Inverno. Acho que viver no geral é sinónimo de piqueniques para mim!


Já fiz piqueniques em mesas para piqueniques, na relva, no chão; em sítios próprios para piqueniques, em largos, em sitios ilegais; já fiz piqueniques temáticos (uma vez, num Carnaval, fui com a minha irmã e dois amigos fazer um piquenique para Sintra, vestidos à anos 60 - os turistas até pediam para tirarmos fotos com eles), piqueniques prolongados (que duram um dia inteiro com direito a sesta e tudo), piqueniques à chuva, dentro do carro, com a familia, com amigos; piqueniques simples, de sanduíches apenas, e piqueniques à grande, com tudo a que um piquenique tem direito. Já fiz um aniversário piquenique, e o meu sonho é ter um casamento de piquenique, também (sou um pouco louca, eu sei!)

A adoração pelos piqueniques é de família, claro: a minha avó ofereceu-nos uma cesta de piquenique, andamos sempre com uma manta na mala do carro para todas as eventualidades, todos os anos temos de fazer pelo menos um piquenique em família.

A cesta oferecida pela avó! (foto da Maria)
A Joana, uma amiga minha da faculdade, fez anos e decidimos fazer um piquenique em Belém. Eu fiquei encarregue de levar os salgadinhos e decidi transformar a minha receita de hamburgures de okara super deliciosa em croquetes. Como também tinha muito feijão na arca, decidi experimentar uns pasteis de feijão. Fazendo aquilo que NUNCA se deve fazer (experimentar uma receita pela primeira vez para alguma coisa importante) mas que eu faço sempre, decidi inventar e ver como corria.
E não correu nada mal!

As bolinhas de feijão e aveia estão atrás de quiche, e os croquetes de okara e cenoura atrás das bolinhas de feijão e aveia, tudo nas marmitas com os guardanapos dos girassóis. Atrás, eu decapitada e as pernas do Hélder (foto da Maria)
Croquetes de okara e cenoura:
Modo de fazer: Fazer normalmente a receita de hamburgures de okara e cenoura, tendo o cuidado de, em vez de usar 1 copo de vinho tinto, usar apenas meio copo, e em vez de usar 2 cenouras grandes, usar apenas 1 grande ou duas pequenas. Amassar tudo muito bem e formar croquetes com as mãos. Passar por ovo batido e pão ralado e fritar. Podem ser congelados crus, e fritos quando se quiser, não sendo necessário descongelar primeiro.


Bolinhas de feijão e aveia:
Ingredientes:
1 1/2 cháv. feijão vermelho cozido
1 cháv. mal cheia de aveia em flocos
1 cháv. mal cheia de pão ralado
1 c. sobremesa de pimentão doce (paprika)
1 c. sopa de orégãos
1 c. chá de levedura de cerveja
1 c. café noz moscada
1 c. café de canela (sim, canela! Fica lindamente com o feijão e os orégãos, e não se vai sentir, mas faz toda a diferença!)
caldo de cozer o feijão q.b. (se usarem feijão em lata, podem usar caldo de legumes, ou de galinha, se não forem vegetarinos)
pimenta branca e alho em pó a gosto
ovo+aveia+orégãos q.b. (para cobrir)

Modo de fazer: Coze o feijão com um pouco de água até ficar bem cozidinho (usei a panela de pressão). Reservar o caldo. Misturar todos os ingredientes, com excepção do caldo, da pimenta e do alho. Juntar o caldo com uma colher de sopa até a massa ficar mais húmida, mas que permita ser moldada com facilidade. Temperar com a pimenta e o alho em pó. Fazer bolinhas com as mãos e passar por ovo batido e flocos de aveia com umas folhas de orégãos. Fritar e já está! À semelhança dos croquetes, também podem ser conglados e fritos apenas quando necessário.


Espero que gostem! Aproveitem estes dias bonitos para um bom piquenique ;)


Não se esqueçam que têm até dia 29 de julho para participar no passatempo de aniversário do Mãos de Manteiga. Ainda só há a participação de uma blogueira! Conto com todos vocês.

Deixo-vos novamente uma imagem do interior do livro, para ver se vos animo um pouco mais a participar!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Bolo/Muffins de casca de banana com cobertura de chocolate caramelizado


Assim que soube do passatempo no blogue Cozinhar sem Lactose, soube logo que tinha de fazer esta receita! A primeira vez que a fiz (há alguns anos, já!) não correu como planeei, porque fiz também a cobertura com as bananas e ficou demasiado enjoativo. Era a oportunidade perfeita para "fazer as pazes" com este bolo.


Aproveitar as cascas da banana pode parecer estranho, mas é uma boa ideia, porque fica um bolo delicioso (tornou-se o nosso bolo preferido, de longe!!!), húmido e apenas com um leve sabor a banana. E se não disserem o que leva, ninguém vai desconfiar ;)


Outro ingrediente original é o pão ralado - sim, porque este bolo não leva farinha. Um bolo sem farinha e com casca de banana! Quem havia de dizer que ficaria tão delicioso?


Tirei a receita daqui, mas não fiz a cobertura de banana e juntei-lhe chocolate branco por cima, que caramelizou no forno tornando o bolo irresistível! Com esta massa, fiz um bolo tipo bolo inglês e 5 muffins, porque a ideia era congelar o bolo, mas os muffins revelaram-se tão bons que mudei logo de ideias (e, apesar de só ter sido feito ontem à noite, tenho de confessar que já está quase todo comido).



Ingredientes
400 gr de açúcar
240 gr de pão ralado
4 dl de leite de soja
4 cascas de banana médias (conforme forem comendo as bananas, guardem as cascas num saco no congelador. Ficam negras e feias da oxidação e do gelo, mas estão óptimas na mesma!)
2 ovos
2 c. sopa de margarina
1 c. sopa de fermento em pó
180 gr de chocolate branco (ou preto, sem lactose)

Modo de fazer:
Separar as claras das gemas. Bater as claras em castelo e reservar. Cortar o chocolate branco em pedacinhos não muito pequenos.


Num liquidificador, misturar a margarina com o açúcar, as gemas, o leite e as cascas de banana. Juntar esta mistura ao pão ralado e bater bem com a batedeira.

O aspeto neste momento não é muito apelativo, mas não se deixem enganar pelas aparências!
Juntar as claras em castelo e envolver. Despejar para as formas e cobrir generosamente com os bocados de chocolate branco (esqueci-me de tirar fotos a esta parte!). Levar a cozer durante 40 min no forno a 150ºC. Esperar que amorne, desenformar e servir quando estiver arrefecido. 

Espero que gostes!





quinta-feira, 11 de julho de 2013

2 anos do Mãos de Manteiga e relato da minha 1ª experiência culinária!



Confesso que já me ia esquecendo que era hoje! E desta vez nem posso dar a desculpa das aulas e dos exames, que tenho estado de férias... É a minha cabeça de alho chocho (a mesma que me impediu de comemorar a 100ª publicação, como tanto queria!).

Faz hoje 2 anos que criava o Mãos de Manteiga. Lembro-me perfeitamente de estar a chegar a casa, vinda sei lá de onde, e pensar que seria giro criar um blogue com as receitas que ia experimentando. Fotos ao que ia fazendo já eu tirava (manias!), e seria interessante partilhar as minhas criações com a restante blogosfera.

A primeira receita que publiquei foi os deliciosos Falafel. Por esta publicação se vê a minha evolução na cozinha: este falafel, cuja receita que ainda hoje faço é exactamente igual, não tem nada a ver com o que faço agora! O da foto está hediondo! E os acompanhamentos super aborrecidos: alface partida aos bocados, milho sem nenhum twist especial. Mas por outro lado, continua a ser das minhas receitas preferidas, e a minha paixão pela gastronomia e cultura israelitas aumenta cada vez mais. O que só prova que por muito que as coisas mudem, nos mantemos sempre fiéis ao nosso original :)

Que horror!
Durante estes dois anos aprendi imenso com vocês. Apesar de em comparação com outros blogues ser um blogue pequenino (com os meus fiéis 57 seguidores que me continuam a parecer tantos em comparação com os que esperava ter!), poucas vezes actualizado (pelo menos, não tão frequentemente como desejaria), as fotos não serem nada de extraordinário, a condizer com as receitas, simples, fáceis, feitas à pressa. Felizmente, todo o carinho que deposito neste cantinho e nas receitas que vou experimentando vem-me em duplicado nos vossos comentários, partilhas e carinho. Nestes dois anos de blogue, não tive um único troll, um único comentário menos agradável. Obrigada a todos vocês pelo carinho, partilhas e apoio. Sem vocês, este blogue seria como a alface que serviu de acompanhamento ao falafel da minha primeira publicação: murcho e completamente sem graça! Sou uma sortuda por vos ter desse lado :)

E agora, para vos incentivar à partilha de experiências culinárias para o passatempo do segundo aniversário do blogue (para verem como participar, cliquem aqui), que consistente essencialmente em contarem como foi a vossa primeira experiência culinária e em que consistia, vou também contar a minha!

Podia ter sido qualquer coisa assim, mas a minha mãe nunca teve grande jeito para brincar às donas de casa dos anos 50!
A minha primeira experiência culinária propriamente dita foi arroz de marisco. Uns começam com bifes, outros com arroz, outros com ovos mexidos, mas a minha começou à grande é à francesa com arroz de marisco, tinha eu uns 9 ou 10 anos. Claro que antes já tinha ajudado a minha mãe numa coisa ou outra, rapado muitas sobras de massa de bolo, amassado pãezinhos, aquecido leite para cereais, mexido qualquer coisa, mas nunca nada a sério - e sozinha!

A minha experiência culinária da altura, mais coisa menos coisa
Dizem que a necessidade é a mãe de toda sabedorias e este adágio aplica-se na perfeição ao meu caso: tudo começou com uma tendinite do meu pai que o pôs completamente inútil cerca de um mês. Nem vestir-se sozinho conseguia. A minha mãe na altura ainda tinha o café e estava fora de casa das 6h às 20h, e tivemos de nos desenrascar. 

Como bem dizia o falecido Gusteau "tout le monde peut cuisiner" e eu, como se veria, também não era excepção!

Não sei porque decidimos fazer arroz de marisco à noite, porque só costumamos jantar sopa e pão com qualquer coisa (e já na altura era assim) mas a ideia devia ser para comermos no dia a seguir (olhando para trás, talvez o meu pai quisesse assegurar tempo para arranjar um plano B caso nos saíssemos mal). Nem sei porque é que o meu pai escolheu uma coisa tão dificil para nós cozinharmos, também, mas a verdade é que sempre gostámos muito de arroz de marisco, e se tivesse começado com bifes e arroz (coisa que já na altura não puxava muito por mim) não seria a mesma coisa!

Poucas coisas são mais aborrecidas que bife com arroz. A não ser, claro, a minha sempre odiada "carne com massa"! O que eu deteste carne com massa, meu Deus!
Lembro-me perfeitamente, eu e a minha irmã na cozinha, e o meu pai atrás: "agora corta a cebola... assim aos quadradinhos, agora vai buscar uma folha de louro, agora encaixa assim a varinha mágica, cuidado não se cortem, agora levantem o lume, agora ponham mais baixo..." E nós todas contentes, a sentirmo-nos gente grande, todas orgulhosas de termos sido nós a fazer o arroz de marisco, do principio ao fim. A minha mãe diz que nem queria acreditar que aquele cheirinho que se sentia nas escadas do prédio vinha de nossa casa, e lembro-me que contou o feito durante muito tempo a toda a gente que tivesse paciência de a ouvir. 

Apesar do orgulho da minha mãe, o nosso arroz de marisco não era nada deste género, não fiquem já a pensar que fui um prodígio precoce!
E se a minha primeira experiência culinária correu impecavelmente bem (também não havia grande espaço para correr mal, com o meu pai atrás a dizer-me exactamente o que tinha de fazer!) as que se seguiram deixavam às vezes muito a desejar: era o arroz cozido que não havia meio de me sair bem (ora cru de mais, ora cozido demais, ora pegado ao tacho: ainda hoje, é das coisas que mais detesto fazer, faço sempre arroz na panela do microondas!); os ovos mexidos queimados porque em vez de desligar o lume o punha no mínimo, os cremes que talhavam; os bolos com fermento a mais, que queimavam, que pegavam à forma, que cresciam mais de um lado que do outro (que ficavam com "mamas"!), que coziam mal ao centro; o esparregado que sabia mal porque tentei disfarçar o queimado com açúcar (que raio de ideias!); a comida a mais para tacho de menos; o bolo de chocolate que ainda estou a tentar que me saia húmido como todo o bom bolo de chocolate deve ser... Havia ainda um fenómeno interessante, que era quando tentava cozinhar alguma coisa para o meu amigo Ruben - saía sempre mal! Não sei se ele chegou a comer alguma coisa que me tivesse saído como deve ser, devia ser uma espécie de karma!

Pois, eu também, mas às vezes acontece!
 Ainda hoje me acontece com cada desastre de me fazer corar até à raiz dos cabelos, mas é mesmo assim, e só não acontece a quem não cozinha! Por este lado há experiências que correm muito bem, e outras que são autênticos desastres, mas no fim o saldo é sempre positivo.

Às vezes, é assim que me sinto por dentro enquanto cozinho. Quando tudo corre mesmo muito mal, é assim que estou por fora também!
E vocês? Quero saber as vossas primeiras experiências! É um dois em um: para além de irem desenterrar memórias e partilhá-las, o que pelo menos para mim é quase sempre uma tarefa agradável e reconfortante, ainda podem ganhar o livro 100 Melhores Alimentos para se Manter Jovem, que me está a deixar cheia de inveja pelo futuro vencedor :)
Que inveja!!!

Participem!!!

Tarte cremosa de ruibarbo e morangos


Nova remessa de ruibarbo da horta do meu pai! Este ano, o ruibarbo está on fire e tem sido pródigo em caules para as nossas tartes :) Depois do quase desastre da tarte de ruibarbo da minha Tia , esta tinha de saber divinalmente ou corria o risco de ser decapitada pela minha irmã. Como o meu pai também tinha trazido uns morangos da horta, decidimos combinar os dois ingredientes e fazer uma tarte super cremosa e que ficasse deliciosa! Ficou ainda melhor do que estávamos à espera: equilibrada na perfeição entre o doce e o ácido, cremosa mas consistente ao mesmo tempo, os cantos da massa (às vezes, a parte que mais detesto por ser muito massuda!) ficou a minha parte preferida, crocante e ideal para se guardar para a última garfada.


Desta vez, não seguimos receitas e cozinhámos com o coração. E quando se cozinha assim as hipóteses de que as coisas corram mal são muito diminutas, não é verdade?

Ingredientes
350/400 gr de ruibarbo e morangos (usei mais ruibarbo que morangos!) + morangos para decoração
8 c. de sopa de açúcar + açúcar para polvilhar.
200 ml de leite de soja (podem usar leite "normal")
2 c. sopa de fazinha maizena
1 pacote de massa quebrada de compra.

Modo de fazer: Arranjar os ruibarbos (cortar-lhes as olhas, lavar os caules e cortar às fatias - mais simples é impossível!). Tirar os pés aos morangos e parti-los aos pedaços (cortar os morango da decoração em fatias finas).

O ruibarbo dá para congelar, daí ver-se aqui um saquinho de congelação nesta foto! A ideia era esperarmos pelo fim de semana, mas a nossa gula não o permitiu!

Num tachinho, levar o ruibarbo e os morangos com o açúcar ao lume até começarem a cozer. Juntar 150 ml de leite e triturar a mistura com uma varinha mágica.

Não são umas cores lindas?
Deixar apurar um minuto ou dois. Dissolver a farinha maizena nos restantes 50 ml de leite e juntar à mistura, vertendo em fio e mexendo sempre com uma vara de arames. Ir mexendo sempre até levantar fervura e deixar que fique uma massa cremosa e consistente (pensem que se quisessem utilizá-la para cobrir um bolo, conseguiriam na perfeição sem que escorresse cobertura por todos os lados!). Deixar arrefecer um bocadinho.

O aspecto nesta fase confesso que o aspeto não é muito apelativo! 
Forrar uma tarteira com a massa quebrada e fazer-lhe uns furinhos no fundo com um garfo (eu deixo sempre o papel vegetal que a massa já trás, para que não se pegue à tarteira). Despejar-lhe o creme e enfeitar com os morangos fatiados reservados para a decoração. 


Polvilhar com açúcar. 


Levar ao forno aquecido a 180ºC durante 20 a 30 min (até a massa do rebordo da tarte ficar tostadinha). Esperar que arrefeça, remover o papel vegetal, desenformar a tarte (fica mias bonitinha, mas nós não queríamos sujar mais louça) e levar ao frigorífico até servir, que ela sabe bem é fresquinha.


Uma delícia!

Não se esqueçam do passatempo que está a decorrer no blogue até dia 29 de Julho! Conto com a vossa participação :) Para ler o regulamento e participar, clicar aqui.


terça-feira, 9 de julho de 2013

Profiteroles com doce de ovos e cobertura de chocolate


Adoro profiteroles! Por serem versáteis (podem ser recheados com o que quisermos, doce ou salgado), por puderem ser congelados na perfeição (com ou sem recheio), por serem facílimo de fazer e, claro, porque são deliciosos!
Este ano, o meu aniversário não calhou muito bem porque estava completamente mergulhada na 1º época de exames e precisava de fazer coisas simples para o meu aniversário com a família. Coisas simples mas deliciosas, que pudessem ser feitas com antecedência. Pensei logo em fazer uma pirâmide de profiteroles, ainda bem, porque foi a minha sobremesa favorita do dia!
É uma sobremesa vistosa, que provoca sempre uma corrida à sobremesa. Boa para impressionar os amigos ;)

Usei a receita infalível de profiteroles da Colher de Pau, do blogue "As minhas receitas", e que já tinha feito aqui - não ficaram muito bonitinhos, mas a prática conduz à perfeição e acho que desta vez saí-me muito melhor!

Uma nota importante: apesar de fáceis de fazer, é necessário respeitar escrupulosamente as quantidades e pesos dos ingredientes (palavra de quem já aldrabou a receita ligeiramente com consequências quase desastrosas!). Como vocês já sabem, gosto de receitas sem receita, intuitivas e de "vamos lá ver o que sai daqui!", mas para esta vale a pena usar a balança digital e ser picuinhas!...

Ingredientes (rendeu-me mais de 60 profiteroles)
5 dl de água 
150 gr de margarina
1 casquinha de limão
350 gr de farinha
6 ovos
Doce de ovos de compra
150 gr de chocolate de culinária
leite q.b. (usei leite de soja)

Modo de fazer:
Levar ao lume um tacho com a água, a margarina, a casca do limão e o sal. Quando ferver desligar o lume e adicionar a farinha de uma só vez. Mexer bem com uma colher de pau. Levar novamente a lume brando, mexendo a massa até que se despegue do tacho e forme uma bola (demora alguns segundos, e às vezes nem é preciso!). Deixar arrefecer.
Juntar os ovos um a um batendo bem (eu gosto de usar as mãos nesta parte). Só adicionar o ovo seguinte quando o anterior estiver totalmente absorvido. No fim de juntarem os ovos todos, a massa deve ficar brilhante.
Num tabuleiro forrado com papel manteiga, dispor pequenos montinhos de massa, com uma colher ou um saco de pasteleiro de boca larga (eu só tenho saco e seringa de pasteleiro de boca fina, para rechear, tenho de comprar um para massas!). Deixar espaço entre as bolas de massa, porque os profiteroles crescem muito. Tentar que as bolinhas de massa fiquem redondas - no fim, passar o dedo indicador por água e alisar a superfície dos profiteroles. 
Levar ao forno bem quente (250ºC) durante 10 min, ou até que ao  deixar cair um profiterole na bancada ele faça um som seco (poc!). Seja como for, não abrir o forno antes dos 10 minutos - é o calor que está a fazer os profiteroles crescerem, se abrirem antes do tempo mirram e ficam com profiteroles minúsculos (sim, também já me aconteceu!).
Podem congelar os profiteroles assim e rechearem apenas quando quiserem e com o que quiserem, ou recheá-los mesmo congelados. 

Montagem da pirâmide:
Derreter o chocolate com um pouco de leite no microondas. Deve ficar com a consistência de um creme grosso. Acrescentar mais leite se necessário. 
Com um saco de pasteleiro, rechear os profiteroles com o doce de ovos de compra. Basta furar com o bico do saco de pasteleiro num dos cantos do profiterole e rechear. Dispor em círculo no prato de servir.


 Cobrir cada profiterole com uma colher de chocolate derretido, e ir empilhando os profiteroles, de forma a formar uma pirâmide. O chocolate é a "cola" que permite que a pirâmide não se desmorone. Ter o cuidado de ir verificando se a pirâmide se mantém na vertical, para que não fique muito parecida com a torre de Pisa (não consegui evitar isto com 100% de perfeição!). 


Juntar mais leite ao chocolate derretido de forma a ficar mais líquido e cobrir a pirâmide e levar ao frigorífico até servir.

Ao ataque!!!
Não se esqueçam do passatempo que está a decorrer no blogue até dia 29 de Julho! Conto com a vossa participação :) Para ler o regulamento e participar, clicar aqui.

O prémio para o feliz vencedor!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Crepes de massa de arroz com legumes e tofu e uma visita ao Martim Moniz



O Martim Moniz é daquelas zonas como o Cacém - que têm mais fama que proveito. No fundo, o que se diz do Martim Moniz é mais ou menos o que se diz do Cacém: vais lá e és assaltado. Eu vivo no Cacém desde que nasci, o Martim Moniz neste momento é das minhas zonas preferidas de Lisboa e ainda estou inteira.


As razões que me fazem gostar do Martim Moniz são mais que muitas, mas a principal é que no largo existe uma fonte, árvores, sombra e espreguiçadeiras. E nstes dias de calor (como estava ontem) não há nada melhor do que nos estendermos num sitio à sombra (está lá a dizer que é proibido deitarmo-nos na relva mas tomámos a liberdade de ignorar a tabuleta). Para além de ser um sitio agradável simplesmente para se estar ou passar pelas brasas, também é um sítio excelente para comer: são inúmeras as "barraquinhas" restaurantes com comidas exóticas e não demasiado caras. O Mercado de Fusão do Martim Moniz tem refeições para todos os gostos! 

"Noodles in a box", por apenas 2,5 euros (e se comprarem duas caixas, pagam apenas 4 euros!)

E depois, é toda a diversidade cultural, as pessoas tão diferentes umas das outras, a sensação que acabámos de chegar à China, ao Peru, à Índia. Os supermercados onde podemos comprar produtos orientais e exóticos a preços fantásticos. Quem não conhece, tem de ir lá passar umas horas!


Ontem entrámos no supermercado Hau Ta Li (um supermercado oriental super completo e com preços de fazer acelerar o batimento cardíaco, mas no bom sentido) e não nos apetecia sair de lá - confesso que me apetecia levar tudo e tive de me controlar! Ficaram muitos produtos para levar para a próxima, mas desta vez trouxemos estes:

De cima para baixo, da esquerda para a direita: algas secas, leite de soja em  pó, rebentos de soja frescos, lentilhas vermelhas, molho de peixe, tortilhas de arroz, bolo de sésamo e amendoim (já meio comido eheh)
Hoje ao almoço, portanto, tínhamos de experimentar alguns deles! Como está demasiado calor para passarmos muito tempo encostadas ao fogão, decidimos fazer crepes chineses.
São fáceis de fazer e, se os rechearem apenas com legumes crus, não precisam de cozinhar de todo. Para além de que é uma refeição engraçada para se fazer com os amigos: bastam algumas tigelas com vários legumes cortados às fatias finas, mais alguns legumes cozidos e cogumelos salteados para se servir um almoço em que cada um pode fazer o seu crepe com o que mais gostar.
Crepes de arroz, imensos e a menos de 2 euros
Estes foram recheados com uma mistura de tofu e legumes salteados (receita da minha irmã: esmaguem tofu com um garfo, temperam com alho e molho de soja, salteiem uns legumes e cogumelos com um bocadinho de azeite, juntem-lhe uma colher de café de levedura de cerveja, misturem tudo e voilá), alface, rebentos de soja e pimento amarelo. Com o molho oriental para crepes que fiz num instante, foi o almoço perfeito e a repetir muitas e muitas vezes!

O tofu salteado com legumes da minha irmã

Ingredientes
Folhas de arroz para crepes
Legumes saletados
Legumes crus cortados a gosto (usei meio pimento amarelo, rebentos de sjoa e alface, que era o que tinha em casa!)


Molho oriental para crepes:
3 c. sopa de molho de soja
1 c. sopa de vinagre de arroz
1 c. chá açúcar amarelo

Montar os crepes:
Passar a folha de arroz por água (só mesmo passar levemente, que passado uns segundo torna-se moldável). Estendê-la num prato e colocar o recheio por cima, numa das bordas do circulo.


Dobrar os cantos esquerdo e direito


Enrolar e já está!


Mergulhar no molho para crepes. Entre cada dentada, ir juntando mais um bocadinho de molho no interior do crepe com uma colher. 


São uma delícia!