sexta-feira, 28 de junho de 2013

Bolo de Aniversário dos 21 anos - Festa da Família (Caramelo, doce de ovos e M&M's)


E pronto, já postei as receitas do molho de caramelo e do bolo, agora vou explicar a montagem do bolo que apesar de piroso original, estava uma delícia!

Ingredientes
Bolo esponja
Molho de caramelo
Doce de ovos de compra q.b.
Duas embalagens de M&M's (comprei no Aldi, de uma marca muito barata)

Modo de fazer: 

Distribuir a massa do bolo esponja por duas formas em forma de coração e por um tabuleiro/forma rectangular. 

Deixar arrefecer e nivelar o bolo com a ajuda de uma faca. 
Fazer o molho de caramelo e deixar também arrefecer.


Cobrir o bolo feito na forma rectangular com o molho de caramelo.


Dispor um dos bolos em coração no centro do rectângulo, cobrir com doce de ovos, dispor o 2º coração por cima e cobrir tudo com doce de ovos.


Separar os M&M's por cores. 


Colocar os vermelhos nas laterais do coração ir contornando o topo do coração com uma fila de cada cor. Dividir o bolo rectangular em 8 riscas diagonais eu marquei com uma faca no caramelo) e preencher com os M&M's de cada cor. 


E já está!



quarta-feira, 26 de junho de 2013

Molho de caramelo


O blogue The Love Food é um dos meus blogues preferidos de comida vegetariana (neste caso, vegan). Receitas simples, deliciosas e que surpreendem toda a gente. Quando vi lá este molho de caramelo, sabia que tinha de ser a cobertura do meu bolo de anos. Como a minha irmã gosta muito de doce de ovos, uma parte teve de ter também doce de ovos, mas já mostro a montagem do bolo no post seguinte.

A receita do molho de caramelo, por si só, é uma delícia: como a Marta diz no blogue, sabe mesmo a caramelos de nata! Podem comê-lo à colher (a uma parte dele, confesso, foi mesmo isso que aconteceu), mergulhar fruta ou cobrir bolos. Neste último caso, deixem ficar mais tempo no lume (eu acrescentei um bocadinho de farinha maizena, mas se deixarem ao lume tempo de suficiente não é necessário) e esperem que fique completamente frio para cobrir (ao arrefecer fica mais consistente, quente é sempre mais para o líquido).
Apesar de nada saudável, é uma delícia!

Ingredientes (dá para cobrir e rechear um bolo grande) 
480 ml de natas de soja (encontrei umas no pingo doce que a embalagem parece iogurtes líquidos, são baratas e muito boas)
400 gr de açúcar amarelo
65 gr de açúcar mascavado (a receita original pedia apenas açúcar mascavado)
150 gr de margarina
1 c. chá de sal

Modo de fazer: Misturar os ingredientes todos numa panela e levar a lume brando até que a margarina derreta- Quando isto acontecer, aumentar o lume e esperar que ferva. Baixar novamente quando estiver a ferver e deixar cozinhar 10 min (ou mais, se for para cobrir um bolo - o meu esteve cerca de 20 min a ferver), mexendo de vez em quando.

Aqui ainda estava muito clarinho, Se quiserem que fique mais escuro, aumentar a proporção de açúcar mascavado
Colocar numa taça, deixar arrefecer e manter guardado no frigorífico (se forem como eu, não fica guardado muito tempo!) Cobrir o bolo/mergulhar a fruta/comer à colher!
Espero que gostem :)


O bolo coberto, e ainda sobejou cobertura!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Bolo esponja (Ideal para bolos de aniversário!)


Para o bolo propriamento dito, queria muito fazer o bolo da Formiguinha, do blogue A Casinha da Formiga, porque é um bolo que já experimentei (na altura em que fiqui sem máquina fotográfica, em Janeiro, para o aniversário de um amigo) e ficou húmido, delicioso e tal e qual os bolos de aniversário da fábrica que fornecia a o café da minha minha mãe. Mas o nº de ovos não me agradava porque teria de duplicar a receita e assim gastar 14 ovos, o que me parecia uma bomba de colesterol uma vez que ainda ia cobrir com doce de ovos e creme de caramelo (claro que ficou uma bomba na mesma...) 

Influenciada pelo Masterchef Australia, que fez um desafio com bolo esponja aqui há tempos, decidi experimentar. Inventei a minha própria receita, misturando algumas receitas da net (demasiados riscos, mas eu gosto de juntar adrenalina em pequenos aspectos da minha vida) e saiu surpreendente bem. Absorve bem os recheios e coberturas, não esfarela nem parte com facilidade, o que às vezes me irrita solenemente nalguns bolos. Vai passar a ser a receita dos bolos de aniversário (juntamente com o bolo da Formiguinha, que continua a ser o preferido!).

Ingredientes (serviu 21 pessoas e ainda sobejou)
450 gr de farinha
420 gr de açúcar
6 ovos
200 ml de água a ferver
3 c. chá de fermento
1 c. chá baunilha em pó

Modo de fazer: Separar as claras das gemas. Bater as claras em castelo. Num recipiente à parte, bater as gemas levemente e juntar o açúcar. Bater com a velocidade mais alta da batedeira até ficar um creme claro (+|- 10 min). Na velocidade média, juntar a baunilha e depois a água a ferver em fio batendo sempre (estava cheia de medo de fazer ovos mexidos mas acabou por correr bem). Quando estiver bem misturado, juntar a farinha peneirada com o fermento e misturar com uma colher de pau. Juntar depois as claras batidas em castelo. Envolver delicadamente e despejar numa forma untada com margarina e polvilhada com farinha. Levar ao forno a 180ºC até começar a ficar douradinho por cima (fazer o teste do palito).
Rechear e cobrir como se quiser

Nota importante: O bolo pode parecer que está pegado à forma, mas é por ser muito humido por fora. Basta passarem com uma faca em toda a volta e, com a mão, irem separando cuidadosamente o bolo do frundo da forma. Podem até não ser muito cuidadosos (eu até fui um bocado bruta), que o bolo é resistente e não abre nem faz rachas com facilidade :)

ADENDA: Eu sei que na receita diz para separar as claras das gemas, mas para este bolo eu distraí-me e bati os ovos inteiros com o açúcar. Pensei que separar as claras das gemas não iria trazer grandes modificações, apenas que o bolo iria ficar mais fofo. Pois bem: não fica! Para o aniversário com os amigos repeti a receita como deve ser, separando as gemas das claras e, apesar de ter ficado mais parecido com um bolo esponja, ficou mais duro e perdeu aquela humidade de pão-de-ló que tinha gostado tanto. Por isso, se quiserem um verdadeiro bolo esponja, sigam a receita como está aqui. Se querem um bolo mais húmido, tipo pão-de-ló, batam os ovos inteiros com o açúcar!

Bolo de aniversário - 21 anos!


Eu não tenho um dia de anos - eu tenho um MÊS dos anos! Que é Junho :)
São as vantagens de pertencer a uma família que parece uma tribo: começou na quinta-feira, o dia dos meus anos propriamente dito, com os parabéns cantados à noite com a família mais próxima (que, ainda assim, são 9 pessoas!), com um bolinho que a minha avó trouxe. Depois tive a festa da família, com a família restante (quer dizer, a família restante próxima também...), que somava ao todo 21 pessoas. Para a sexta-feira que vem, temos a festa com os amigos, num restaurante com karaoke (que também vai ter direito a bolo feito por nós!). Ou seja, no espaço de 1 semana vou comer mais doces do que como num mês (para ajudar à festa, ontem fui comemorar o fim de mais um exame com um gelado ao Santini!),  o que, aliado à falta de ginásio (estou em clausura esta semana devido a exames e, especificamente para hoje, devido à falta de ar condicionado/ventoinhas/janelas em geral do ginásio que frequento), vai-me trazer com certeza pelo menos  um kg a mais certas prendas indesejáveis. 
Mas vamos ter pensamentos positivos e pensar que os neurónios se alimentam de açúcar!

Para o bolo da festa da família, eu tinha uma visão: um peixe feito com uma forma redonda (hei-de fazer e mostro aqui). Mas para 21 pessoas era um bolo pequeno (tenho uma forma redonda grande, mas não era o suficiente), então conversei com a minha irmã sobre fazermos um bolo quadrado e colorido, com dois corações em cima, um de cada lado, ligeiramente tortos.
Porque não cabiam os dois corações lado a lado (erro básico, fruto da estupidez dos neurónios queimados devido aos exames : não nos lembrámos de medir as formas!), decidimos empilhá-los e recheá-los, ficando apenas um coração que ficaria bem no canto inferior direito. Mas devido ao creme de caramelo (que não é o mais indicado para cobrir, embora para rechear seja uma delícia!) o coração escorregava, então tivemos de o pôr ao centro. E eu queria um bolo colorido - tinha na mente imagens como esta:

Isto é um bairro que tinha aideia ficar no méxico, mas como estou a reparar nas letras chinesas em cima, fiquei na dúvida. De qualquer das formas, quando soube dele vi imensas fotos na net e fiquei apaixonada. 
Na prática, depois de terminado o bolo, saiu isto:


O bolo mais kitsch e feio que alguma vez já vi. Mais kitsch que isto nem os pratos com a Diana Spencer. Nem os gnomos de jardim. Nem os gatinhos vestidos com roupa de gente nos calendários.
Bem, a parte boa é que nos rimos. Muito - no fim de colocarmos o ultimo M&M, mal conseguia fazer uma pausa para respirar.
E foi assim que o meu bolo do 21 anos, idade da maioridade universal, foi o bolo mais infantil que tive em toda a minha vida. E isso não é mau de todo :)

Vou separar as receitas, por uma questão de organização. Espero que gostem!

domingo, 16 de junho de 2013

Tarte de Ruibarbo

O ruibarbo plantado o ano passado deu o dobro este ano, como era suposto. Desta vez já fui inteligente e já aproveitei o talo TODO (inclusivamente as partes verdes, que também são boas). Em consequência disso, o ruibarbo está novamente a rebentar :)
E ainda bem, porque com tanta receita onde gastar estes valiosos talos um pouco por toda a internet, logo me havia de dar para experimentar fazer a tarte da minha tia. Tia que me deu a conhecer o ruibarbo e que faz uma tarte deliciosa com ele (ou fazia, falando nisso já há uns bons 2 ou três anos que não a provo!), mas que tem a particularidade de fazer tudo a olho e ter algumas reticencias a partilhar receitas (provavelmente relacionada com a primeira particularidade!). Há um ano atrás, mas já depois de ter gasto o meu ruibarbo, lá me deu a receita, mas com tanto "tu depois logo vês..." a tarte não ficou nada de especial. Se calhar faltou-lhe aquele toque de tia. De certeza que foi isso, e não a minha incompetência inabilidade em algumas tarefas culinárias!
Mas ficou boa, e fria então ficou verdadeiramente deliciosa. 

Ingredientes:
Duas mãos cheias de ruibarbo (já cortado aos pedaços)*
4 c. sopa de açúcar
1 c. sopa farinha maizena
leite q.b.
3 ovos
Uma embalagem de massa folhada

* para arranjar o ruibarbo: Cortar os talos e deitar as folhas fora (são venenosas). Lavar os talos bem lavadinhos e cortar aos pedaços (eu cortei um pouco grandes de mais)

Modo de fazer: Forrar o fundo de uma tarteira com a massa folhada e fazer-lhe uns furinhos ao centro com um garfo. Eu para tartes e quiches tenho como medida uma tigela grande, das de sopa, que é a medida da minha tarteira: assim eu sei que se encher a tigela até ao cimo, a tarteira vai ficar cheia também na perfeição. Nessa tigela (na vossa eheh) mexer os ovos com o açúcar utilizando um garfo. Num bocadinho de leite, dissolver a farinha maizena e juntar. Juntar os pedaços de ruibarbo e encher com leite. Misturar tudo muito bem, despejar para a tarteira e levar ao forno a 180ºC durante trinta minutos. Ao fim desse tempo, descer para 150ºC e deixar ficar mais trinta minutos. Esperar que arrefeça e meter no frigorífico. Servir bem fresquinha!

No momento em que entrou para o forno!

terça-feira, 11 de junho de 2013

"Risotto" de trigo sarraceno com cogumelos


Não, ainda não é desta que vem para o blogue a receita de um risotto "a sério". Em primeiro lugar, em já comi risotto, e gostei. A sério que gostei, apesar de não ser grande fã de arroz "empapado" (agora os amantes de risotto vão-me cair todos em cima por lhe chamar arroz empapado!). Mas não há paciência para ir acrescentando conchinhas de caldo e esperar pacientemente que aquilo evapore, para depois de acrescentar mais uma concha. Sou um espírito impaciente, eu sei, mas ando a trabalhar nisso.

Por isso, decidi inventar com trigo sarraceno. Que não tem nada a ver com trigo (apesar de também ser um cereal) e portanto pode ser consumido por pessoas com a doença celíaca. Gosto muito de trigo sarraceno,  é fácil de fazer, barato e rende bastante. Assim simples, com os cogumelos, é uma refeição reconfortante e óptima para os dias de inverno que temos tido, apesar de estarmos quase no verão!

O trigo sarraceno, já usado para 8 doses e ainda sobejou para mais 4!

Ingredientes (4 pessoas):
1 copo e 1/2 detrigo sarraceno (uso daqueles pequeninos, do vinho)
200 gr de cogumelos frescos
azeite
1 dente de alho
1 litro de água
1 cubo de caldo de galinha (se quiserem que a refeição seja totalmente vegetariana, podem substituir por caldo de legumes).

Modo de fazer: Fatiar os cogumelos frescos (eu compro sempre inteiros porque são mais baratos) e refogá-los numa frigideira alta com um pouco de azeite. 

Eu nunca lavo os cogumelos, limpo-os apenas com papel de cozinha.  Acho que ficam mais saborosos, mas pode ser só mania! A minha divisa é que um pouco de terra também não mata ninguém... :P
Juntar o trigo sarraceno e o dente de alho cortado às fatias. À parte, ferver a água com o caldo de galinha. Juntar parte do caldo à mistura do trigo sarraceno e dos cogumelos. Tapar e ir mexendo de vez em quando. 
O caldo de galinha!

O trigo sarraceno, aqui ainda pequenino.
Quando começar a secar e o trigo sarraceno e inchar, juntar mais caldo (não é preciso esperar que o caldo anterior evapore totalmente: aliás, se fizerem numa panela até podem juntar o caldo todo de uma vez e esperar que o trigo absorva o caldo na totalidade). Repetir até o trigo sarraceno estar cozinhado (podem ter de juntar mais água, dependendo dos gostos). Lá para o fim, salpiquei com um restinho de ervilhas congeladas que tinha, e servi com ervilhas tortas cozidas (um dos meus legumes preferidos). Rápido e fácil de fazer!
Este prato é perfeito para as minhas neuras de dias de chuva!

Calorias (média por dose):
172 (é uma refeição bastante light!)




segunda-feira, 10 de junho de 2013

Bolo de cenoura, coco e laranja da Enf. Cristina


Um dos meus dias favoritos do mês é a Oração com cânticos de Taizé da minha paróquia. Engraçado, já publiquei aqui vários bolos que levei para a oração de Taizé, já mostrei inclusivamente fotos do Encontro Europeu em Roma aqui mas nunca me alonguei muito sobre o assunto, o que é estranho, porque é uma parte da minha vida muito importante para mim.


Taizé é uma comunidade de irmãos em França (em Taizé, lá está!), que tem como objectivo reunir jovens cristãos de todo o mundo. Normalmente a estada dos jovens é de uma semana, mas pode ser alargada por mais tempo. O que caracteriza Taizé são as orações (3x ao dia), que têm como base os cânticos e o silêncio. Os jovens são convidados a realizar depois nas suas paróquias uma oração ao estilo de Taizé, em comunidade. A da minha paróquia é aos 2ºs sábados de cada mês e dura apenas meia hora. Inclui os cânticos, uma parte dedicada ao silêncio, a leitura de um evangelho e um salmo. Depois é seguida de convívio, com chá e bolos (eu e a minha irmã contribuímos sempre com um!).

Taizé, visto de cima! Os rectângulos azuis são as tendas comunitárias. Ao centro,  em baixo, dá para ver o telhado da igreja. Os telhados do cimo são as camaratas. À direita, pode-se ver o lago do silêncio, um dos lugares mais bonitos do mundo :) 
Eu fui a Taizé na semana santa de 2010 e foi uma das melhores semanas da minha vida. Demorámos 24h de autocarro, mas valeu totalmente a pena. Foi relaxante e retemperador, e serviu verdadeiramente para me encontrar com Deus. Lá é muito fácil - o pior é quando voltamos ao nosso dia-a-dia...

Pois, fica um bocado longe...

Um dia típico de Taizé:
Acordar (ficámos numa camarata por causa do frio, mas podemos ficar em tendas comunitárias - aquecidas - ou levar tenda de casa - quem apostou nisto arrependeu-se, fazia um frio de rachar).
Oração da manhã, na igreja, com os irmãos e jovens.

O interior da igreja de Taizé. Os irmãos põem-se de joelhos num espaço ao centro,  vestidos de branco, e os jovens sentam-se em redor. 
Pequeno almoço - Eu gostava de ajudar a servir o pequeno almoço todos os dias, juntava-se a malta portuguesa e transformámos aquilo num ritual. O meu peq. almoço foi durante toda a semana chocolate quente e uma carcaça com manteiga e chocolate de leite (começávamos bem o dia, como se vê!).

A fila do pequeno-almoço!
Encontro com o irmão: divisão em grupos grandes (penso que fazem as divisões por idades). O meu grupo ficou com um irmão da argentina. Começávamos sempre a reunião com uma animação, depois líamos a leitura do dia e o irmão fazia uma pequena reflexão (ilustrada sempre com exemplos da vida dele que nos faziam sempre rir).
Reflexão em pequenos grupos: De seguida, íamos com o nosso grupo de reflexão (sorteado no inicio da semana) para reflectir sobre a leitura e de que maneira ela se aplicava na nossa vida. O meu grupo incluía 2 espanhóis, 3 alemães e 2 irlandeses (um dos quais o "contact person" que era o que orientava o grupo, por assim dizer).
Oração do meio-dia. Parecida com a da manhã.
Almoço: é assim, as refeições são doadas por empresas e assim, uma vez que a comunidade não tem fontes de rendimento (pagamos um x para lá estar uma semana consoante o país de origem, mas é um valor simbólico - penso que 60 euros para Portugal) não se pode esperar nada gourmet. Coisas embaladas e mais aquecidas que cozinhadas por jovens que também lá estão a passar a semana. Ninguém passa fome, como é evidente. Eu preferi ir sempre ao vegetariano, a comida é melhor e as filas menores. Tenho saudades do puré, cheio de especiarias...

Uma das refeições: qualquer-coisa com ervilhas, fruta, pão, queijinhos e um pacote de bolachas
Trabalho: cada jovem pode escolher um trabalho para contribuir para a comunidade: limpeza dos wc, cozinhas, coro, etc. O meu grupo estava encarregado da 2ª limpeza da cozinha e incluía uma alemã, 4 suecos, 2 italianas e 1 irlandês. Para a próxima, vou querer ficar no coro.
Lanche: Chá de Taizé (instantâneo) e um bolo embalado (novamente, muito saudável!).
Workshops, passeio, lago: O resto da tarde era dedicado a fazer o que quisesse: descansar, ir dar uma volta no lago do silêncio, dar uma volta às aldeias e vilas ali ao pé, comprar postais e lembranças na loja de lá, fazer um workshop disponibilizado pela comunidade. Cheguei a fazer uns quantos e só houve um que não gostei.

Lago do silêncio
Taizé - aldeia propriamente dita. Vale a pena dar umas voltinhas por lá!
Oração da noite: idêntica às anteriores, mas no fim os irmãos vão-se embora e podemos ficar o tempo que quisermos a cantar. É lindo.
Oyak: sitio onde os jovens se juntam para conviver. Havia grupos com violas e canções dos seus países, outros que faziam jogos, outros que dançavam... eu passava um bocado em todos os grupos!
No Okyak, um grupo de espanhóis tocava e os jovens à volta juntavam-se para cantar com eles :)
Dormir: Taizé tem recolher obrigatório, com jovens encarregados de nos mandar calar e dormir, portanto o descanso está sempre assegurado!

 Agora que já conhecem mais um bocadinho de Taizé, também já me conhecem um pouco melhor também. Tenho saudades de Taizé todos os dias. Faz-se todos os anos o Encontro Europeu, que este ano foi em Roma, como já sabem, e apesar de também ter sido fantástico (Taizé+Roma...) mesmo assim, preferi estar na comunidade uma semaninha. Aconselho a toda a gente ir lá pelo menos uma vez na vida! As pessoas com mais de 30 anos vivem uma experiência diferente, e inclusivamente há uma parte, com outro edifício (Olinda) onde podem ir famílias (com crianças e tudo, uma vez que a comunidade só aceita jovens com mais de 16 anos - salvo excepções).

Agora que já está enquadrado, podemos ir à receita do bolo da oração deste mês, que foi a última desta temporada (só volta a haver orações em Outubro).

É um dos melhores bolos que comi, e um dos bolos que mais sucesso fez! A receita foi dada pela enfermeira orientadora do último estágio da minha irmã (está em enfermagem) e vai directamente para as minhas receitas favoritas. A repetir muitas e muitas vezes. Fica um bolo húmido, fofinho, com a parte superior ligeiramente caramelizada. Ainda estava quentinho quando foi servido e estava uma verdadeira delícia. De comer e chorar por mais!


Ingredientes
2 cháv. de açúcar
2 cháv. côco ralado
1 cháv. óleo
2 cenouras grandes
casca e sumo de 1 laranja
5 ovos
2 cháv. farinha
1 c. chá de fermento

Modo de fazer: Ralar a cenoura. Triturar a casca da laranja (eu pus parte branca e tudo) com a cenoura, o sumo da laranja e um pouco do açúcar, com o auxílio da varinha mágica. Bater os ovos com esta mistura e o resto do açúcar. Juntar o côco, o óleo, a farinha e o fermento. Bater bem.
Deitar numa forma untada e enfarinhada (o bolo fica muito grande e alto, deixar espaço para crescer à vontade) e levar ao forno pré-aquecido a 190ºC. Deixar cozer até ficar douradinho (fazer o teste do palito). O meu demorou 75 min.

Vai uma fatia?

terça-feira, 4 de junho de 2013

Triffle com morangos e natas de soja


Adoro triffles: são bonitos, são sempre deliciosos, saem sempre bem, são fáceis e rápidos de fazer e funcionam perfeitamente para aproveitar restos de bolo.
Como já sabem, cá em casa aos fins-de-semana há sempre um bolinho ou uma coisa doce (às vezes durante a semana também acontece, mas não falemos disso!), e às vezes nem precisamos de fazer, a minha avó dá.
Acho que nunca falei aqui dos bolos da minha avó, mas são os melhores de sempre. A sério. Não há melhor. Nunca saem mal, são sempre enormes, são sempre fofos e são sempre deliciosamente deliciosos. A minha avó consegue fazer bolos com quase tudo (uma vez experimentou juntar queijo ralado a um bolo de água, inventando um dos meus bolos preferidos) e ninguém lhe bate nos dotes de pastelaria. 
Como tinha dado um bom bocado de bolo (três fatias para a minha avó é cerca de um terço de um bolo médio...) decidi fazer triffle, no domingo em que fiz o tofu com crosta de broa.
A definição de triffle é: bolo+natas ou outro creme qualquer+bebida alcoolica+fruta+elemento crocante. Com esta combinação, podem fazer os triffles que quiserem. Como faço restrição de lacticínios, em parte por intolerância (ou seja, não morro se ingerir lacticínios de vez em quando, mas não me sinto muito bem) e em parte por ideologia (somos o único mamífero que bebe leite de outro animal, não faz muito sentido), experimentei fazer com natas de soja, e, na minha opinião, foi o que fez a diferença.
Perdoem-me não ter as medições certas, mas é feito um bocado " a olho"...


Ingredientes
Restos de bolo tipo pão-de-ló
2 pacotes de natas de soja
6 colheres de sopa se açúcar
vinho do porto
1/2 tablete de chocolate de culinária
Morangos

Modo de fazer: Lavar, tirar os pedúnculos e cortar os morangos ao meio. Reservar os mais bonitos e com tamanhos identicos para o lado. Picar os restantes. Numa taça de vidro bonita, espalhar uma camada de fatias finas de bolo. Pincelar com vinho do porto (eu gosto de embeber bem...). Colocar as metades dos morangos bonitas em toda a volta (o objetivo era eles verem-se e ficar bonito, mas como as ntas são muito líquidas correu mal!). Bater as natas de soja com o açúcar (só para misturar, porque elas nunca viram chantilly!) e despejar por cima do bolo. Deitar metade dos morangos picados e metade do chocolate também picadogrosseiramente. Repetir as camadas. Levar ao frigorífico, de preferência de um dia para o outro e servir.
Bom apetite!

O aspecto depois de servido não é muito apelativo, mas é uma delícia!




domingo, 2 de junho de 2013

Tofu com crosta de broa, com espinafres e alho


Domingo é dia de refeições "especiais". Aliás, Domingo é o dia responsável pelo rombo na dieta e pelos quilos a mais - domingo é dia de acabar a refeição com uma sobremesa, ter almoços menos saudáveis e mais elaborados. Pode ter consequências às vezes desastrosas no perímetro das coxas, mas é essencial para o meu bem-estar. E também não é um dia no meio de seis que nos mata, certo?
O Domingo passado eu e a minha irmã estávamos sozinhas em casa e decidimos ter um almoço especial de manas, com todas as coisas excessivamente calóricas boas a que tínhamos direito: entrada, prato especial e sobremesa! Convidámos um amigo para o convívio e foi perfeito. 
Descobri esta receita de tofu com crosta de broa (eu, que nunca fiz bacalhau com broa!) no blogue "The Love Food", que se tornou num dos meus blogues preferidos. Comida vegana deliciosa, é preciso dizer mais alguma coisa? Combina carradas de alho, com broa e tofu, e nós ainda lhe acrescentámos espinafres. Só coisas boas, era impossível correr mal!
Uma receita para repetir muitas vezes, ideal para fazer de véspera ou mesmo para ter congelada, pronta a ir para o forno nas alturas de maior pressa. Vai direitinha para os meus favoritos!

Ingredientes:

Tofu:
250 gr de tofu
1 cabeça de alho
salsa q.b.
sumo de 1/2 limão
Pimenta
sal
farinha de trigo

Modo de fazer:
Cortar a cabeça de alho ao meio e levar ao forno (eu pus papel manteiga por baixo mas não precisa) a 220ºC durante 30 min (levar com casca e tudo!). Reservar.

O alho depois de assado fica com este aspecto. Ligeiramente duro e tostado nas extremidades, mas incrivelmente macio por dentro! Confesso que gosto dele simplesmente assim, barrado no pão!

Cortar o tofu em fatias. Fazer 4 golpes dentro de cada fatia e rechear alternadamente com um dente de alho assado e uma folhinha de salsa. Deixar a marinar num prato, como o sumo de limão, sal e pimenta durante 1 hora no mínimo. Ao fim desse tempo, passar as fatias de tofu por farinha e fritar ligeiramente numa frigideira com um fio de azeite (não deitar fora a marinado do tofu!).

Digam lá se o tofu assim colorido não fica apetecível?

Mas, entretanto, podemos preparar a crosta de broa:

1/4 de broa de milho média
1 ramo de salsa (sem os caules maiores)
alho assado a gosto (o que sobejou do tofu!)
4 c. sopa de azeite

Triturar tudo no robot de cozinha até formar uma farofa consistente que se molda facilmente quando apertada entre as mãos.
Cá está a broa, transformada em farofa!

Depois, preparar a cebolada:

2 cebolas grandes cortadas em fatias fininhas
1 dente de alho picado
2 folhas de louro
azeite q.b.
1/2 c. chá açúcar mascavado
1 c. chá de vinagre de cidra

Refogar as cebolas com o azeite, o alho e o louro. Deixar cozinhar durante mais ou menos quinze minutos, para que reduzam e fiquem meias meladas e deliciosas. Quase no fim, juntar o açúcar e o vinagre. Reservar no fundo do pirex onde se vai servir o tofu (nós pusemos num tabuleiro de barro).

Cá estão elas, antes de acender o fogão.

Bastante mais reduzidas, 15 min depois!
Depois, preparar os espinafres, refogando um molho grande deles na frigideira das cebolas (não juntei mais azeite, porque até mesmo sendo Domingo já estava com sentimentos de culpa da quantidade de azeite que já tinha gasto!) Reservar.
Era um molho tão grande, que quase ultrapassava a frigideira, e vejam só como ficou!

Montar tudo:
Em cima das cebolas, no tabuleiro de ir ao forno, colocar metade dos espinafres. Em cima, acomodar o tofu. Com o resto dos espinafres, preencher os espaços. Deitar o sumo da marinada do limão por cima. Calcar a broa por cima do tofu para formar uma crosta (vejam o passo a passo!)
Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 30 min. 

Um
Dois

Três
Quatro!
Depois dos 30 min no forno, está pronto a comer!
Servi com salada de alface e tomate.
Bom apetite!


E, para terminar, um triffle vegano! Mas a receita virá no próximo post....