Desde que soube que existia uma doença chamada prosopagnosia (que é, basicamente, a incapacidade/dificuldade em reconhecer caras) que desconfio que posso sofrer dessa patologia! Aliás, para pôr o link sobre a doença neste post fui ver à wikipédia e mais convencida fiquei...
Com algum grau de prosopagnosia ou não, a verdade é que sou péssima com caras. Principalmente caras de pessoas que conheço à pouco tempo, por ainda não ter decorado nada específico (sinais, cicatrizes...) que as façam sobressair. Quando conheço alguém, o primeiro passo, para além de tentar decorar o nome, é ver se tem alguma coisa que se destaque na sua fisionomia. O problema é que tendo a concentrar-me em aspectos como brincos, roupa, barba e penteados, portanto tudo coisas que mudam com o tempo, o que torna a situação bem mais difícil. E depois há as pessoas super normais, sem nada de particular na cara (sinais e tal...) e com roupas também super normais (estou-me a lembrar, por exemplo, do colega de quarto de um amigo, que já vi duas ou três vezes, com quem já falei, mas que pode passar por mim à vontade que é como se nunca o tivesse visto!).
Uma vez, num casamento de uma prima, confundi uma das minhas tias com uma vizinha. O que vale é que, por ser um casamento (especificamente, um casamento da minha família!) a minha tia deve ter pensado que já estava um pouco entornada e não ligou muito.
Enfim, particularidades minhas.
Como sabem, faço sempre um bolo para a oração mensal de Taizé da minha paróquia. Na oração de Abril, alguém do meu grupo de jovens me diz que não podia provar o meu bolo de manga porque estava a experimentar deixar de comer glúten. Prometi fazer um bolo sem glúten para a oração de Maio. O mês passou e eu já não sabia quem era, já não me lembrava da cara. Recriei a conversa na minha cabeça, para ver se me lembrava do nome. Sabia que era com P, e convenci-me que era o Pinto. Quando cheguei, com o bolo sem glúten, fiquei para morrer quando o Pinto me diz nunca foi alérgico ao glúten e que nem tinha vindo à oração passada. Bolas. No fim, pergunto ao Prata (outro começado com P!) se era ele, e ele diz-me que não, que devia ser o Pintas. O Pintas, que não tinha vindo desta vez.
Mas o que importa é que toda a gente gostou (acabei a noite a partilhar a receita com várias pessoas), e que fica um bolo grande, fofo e delicioso. Para além de facílimo de fazer. Ora vejam só (receita daqui):
Ingredientes:
5 ovos
1 lata de leite condensado
100 gr de coco ralado+ coco ralado para cobrir
1 c. sopa bem cheia de fermento
Modo de fazer: Bater todos os ingredientes no liquidificador até ficar uma massa homogénea. Untar uma forma com margarina e farinha de milho. Colocar a mistura na forma e levar ao forno a 170ºC até à parte de cima do bolo estiver acastanhada (mais ou menos 30-35 min).
Depois de frio, desenformar e cobrir com coco ralado. Bom apetite!